QUAL A JUSTIFICAÇÃO PARA TANTAS CONDESCENDÊNCIAS?
Nunca compreendi as reticências, condescendências e, por norma, o silêncio oficial sobre as atitudes, mais que intoleráveis, do régulo madeirense.
Presidente do Governo Regional da Madeira; por inerência, Conselheiro de Estado.
Como Presidente daquele território português, foi eleito e cabe aos madeirenses o direito de eleger quem muito bem entendem.
Já como Conselheiro de Estado, direi uma heresia, constitucionalmente falando, mas tenho grande dificuldade em compreender algumas inerências - esta é uma delas.
O homem vilipendia instituições, insulta figuras de Estado, ataca grosseiramente o Governo de Lisboa, como se este pertencesse a um país estranho que subjuga a infeliz Madeira.
Pretende fundos deste Continente execrado que delapida com desenvoltura.
Elucidativo o relatório do Tribunal de Contas sobre o “Jornal da Madeira”, ao qual foram concedidos, em 2005, 4,6 milhões de euros a título de «suprimentos e compra de publicidade»
È curioso que um jornal, cujo estatuto editorial pertence à diocese do Funchal, tenha transitado para o uso e abuso do executivo madeirense!
Gastos de meio milhão de euros em viagens “secretas”, assim as classifica e justifica: secretas e pouco claras, obviamente.
Estes são apenas dois exemplos de como o Conselheiro de Estado, Alberto João Jardim, reina, comanda e esbanja na sua ilha.
Demagogo, agressivo e malcriado para quem o não aplaude; fascistóide e populista sem freios.
Na qualidade de conselheiro de Estado, que opiniões e conselhos democráticos, genuinamente respeitadores das instituições, pode exprimir e fazer valer um indivíduo com estas características?!
A constituição deve proibir ideologias autoritárias e totalitárias (…) como vem a ser o comunismo”.
Que estas proibições a inserir numa enésima revisão constitucional, além de outras não menos extravagantes, sejam alvitradas por João Jardim, não escandalizam, pois derivam da formação política do indivíduo.
Escandalizou-me, sim, a reacção de elementos com responsabilidades de partido, quando os interpelaram sobre este assunto e responderam com fórmulas vagas.
Dos defensores, representantes e garantes da nossa democracia, esperaria uma resposta categórica de rejeição às propostas provocatórias do Presidente da Madeira. Porém, quer o vice-presidente do PSD, quer Paulo Portas esquivaram-se ou tergiversaram.
Um autêntico e sincero democrata jamais toleraria que um seu acólito ou adversário preconizasse limites democráticos. Não se pode tergiversar sobre assuntos desta natureza.
Não ignoro, todavia, que haja muito boa gente que esteja de acordo com o "Joãozinho das Perdizes" madeirense.
Se é proibido o fascismo, nada justifica a existência de formações comunistas ou afins: PCP e Bloco de Esquerda.
Raciocínio simples, mas superficial.
Professar ideias de extrema-esquerda, ligadas ao chamado “socialismo real” ou, após a queda do muro de Berlim, “socialismo ideal”, pode-se concordar ou não concordar, aceitar essas ideias como realizáveis ou simplesmente ilusórias e irreais.
O que não podemos negar é a sinceridade e clareza de quem as abraça, pois jamais procura ocultá-las.
Podemos dizer o mesmo do fascismo deste século? Não creio.
Dentro das democracias, o que caracteriza o fascista moderno, que sempre exibe a conveniente capa democrática nas devidas alturas, é a arte de saber camuflar um fascismo conscientemente sentido ou latente - embora, por vezes, uma débil camuflagem!
Exemplares destes abundam no nosso País. Frequentemente, ocupando lugares representativos ou de responsabilidade.
Mas voltando à pergunta inicial: que mistério envolve a administração do Governo Regional da Madeira, onde o presidente se sente autorizado a praticar toda a sorte de atropelos ao sistema democrático e ostentar, publicamente, extrema arrogância e uma indigna grosseria?
Por que razão o despesismo na Madeira é descontrolado, as dívidas foram sistematicamente perdoadas pelos diversos governos e nenhuma entidade competente interveio, exigindo esclarecimentos?
Por que razão não existe uma única formação política que denuncie, com força, persistência e usando todos os meios legais, o autoritarismo daquele homem; as arbitrariedades de um só partido, o PSD/M; a democracia praticamente amordaçada; os múltiplos conflitos de interesse; o condicionamento do povo madeirense pelos poderes quase ilimitados do presidente da Região, portanto, dependendo da sua benevolência?
Quem tem medo de Alberto João Jardim? Que trunfos tem na mão para exigir mais e mais fundos aos “ladrões que roubam a arquipélago” - fautores de «leis nazificantes» - e ninguém lhe exige contas?
Quão belo seria se Manuel Ferreira Leite, por exemplo, se tivesse deslocado ao Chão da Lagoa e, com firmeza, se demarcasse, inequivocamente, de todas as deliberações e declarações incorrectas do Joãozinho das tendas do comes-e-bebes!
O PSD perderia votos ilhéus? Ganhá-los-ia no resto do País.
Porém, Marques Guedes, o seu representante na “festa da autonomia”, cultiva o eterno e único fim político: caça ao voto, e sabemos bem como isso funciona na Madeira.
O PSD tem de ganhar as próximas eleições, a fim de acabar com uma “governação ruinosa para a Madeira e para Portugal”.
Só lhe faltou atroar os ares com «Viva o Querido Presidente, Alberto João Jardim». Ou tê-lo-ia gritado mesmo?
A sabujice, e da parte de quem menos se suspeitaria, não tem faltado por aquelas bandas.
Para terminar, devo, também eu, chamar um "sem vergonha" ao Sócrates. Pode-se lá admitir ter contribuído para os 20% do PCP e BE?! Pode-se lá tolerar um símil atentado ao “faschesmo”!
Nunca compreendi as reticências, condescendências e, por norma, o silêncio oficial sobre as atitudes, mais que intoleráveis, do régulo madeirense.
Presidente do Governo Regional da Madeira; por inerência, Conselheiro de Estado.
Como Presidente daquele território português, foi eleito e cabe aos madeirenses o direito de eleger quem muito bem entendem.
Já como Conselheiro de Estado, direi uma heresia, constitucionalmente falando, mas tenho grande dificuldade em compreender algumas inerências - esta é uma delas.
O homem vilipendia instituições, insulta figuras de Estado, ataca grosseiramente o Governo de Lisboa, como se este pertencesse a um país estranho que subjuga a infeliz Madeira.
Pretende fundos deste Continente execrado que delapida com desenvoltura.
Elucidativo o relatório do Tribunal de Contas sobre o “Jornal da Madeira”, ao qual foram concedidos, em 2005, 4,6 milhões de euros a título de «suprimentos e compra de publicidade»
È curioso que um jornal, cujo estatuto editorial pertence à diocese do Funchal, tenha transitado para o uso e abuso do executivo madeirense!
Gastos de meio milhão de euros em viagens “secretas”, assim as classifica e justifica: secretas e pouco claras, obviamente.
Estes são apenas dois exemplos de como o Conselheiro de Estado, Alberto João Jardim, reina, comanda e esbanja na sua ilha.
Demagogo, agressivo e malcriado para quem o não aplaude; fascistóide e populista sem freios.
Na qualidade de conselheiro de Estado, que opiniões e conselhos democráticos, genuinamente respeitadores das instituições, pode exprimir e fazer valer um indivíduo com estas características?!
A constituição deve proibir ideologias autoritárias e totalitárias (…) como vem a ser o comunismo”.
Que estas proibições a inserir numa enésima revisão constitucional, além de outras não menos extravagantes, sejam alvitradas por João Jardim, não escandalizam, pois derivam da formação política do indivíduo.
Escandalizou-me, sim, a reacção de elementos com responsabilidades de partido, quando os interpelaram sobre este assunto e responderam com fórmulas vagas.
Dos defensores, representantes e garantes da nossa democracia, esperaria uma resposta categórica de rejeição às propostas provocatórias do Presidente da Madeira. Porém, quer o vice-presidente do PSD, quer Paulo Portas esquivaram-se ou tergiversaram.
Um autêntico e sincero democrata jamais toleraria que um seu acólito ou adversário preconizasse limites democráticos. Não se pode tergiversar sobre assuntos desta natureza.
Não ignoro, todavia, que haja muito boa gente que esteja de acordo com o "Joãozinho das Perdizes" madeirense.
Se é proibido o fascismo, nada justifica a existência de formações comunistas ou afins: PCP e Bloco de Esquerda.
Raciocínio simples, mas superficial.
Professar ideias de extrema-esquerda, ligadas ao chamado “socialismo real” ou, após a queda do muro de Berlim, “socialismo ideal”, pode-se concordar ou não concordar, aceitar essas ideias como realizáveis ou simplesmente ilusórias e irreais.
O que não podemos negar é a sinceridade e clareza de quem as abraça, pois jamais procura ocultá-las.
Podemos dizer o mesmo do fascismo deste século? Não creio.
Dentro das democracias, o que caracteriza o fascista moderno, que sempre exibe a conveniente capa democrática nas devidas alturas, é a arte de saber camuflar um fascismo conscientemente sentido ou latente - embora, por vezes, uma débil camuflagem!
Exemplares destes abundam no nosso País. Frequentemente, ocupando lugares representativos ou de responsabilidade.
Mas voltando à pergunta inicial: que mistério envolve a administração do Governo Regional da Madeira, onde o presidente se sente autorizado a praticar toda a sorte de atropelos ao sistema democrático e ostentar, publicamente, extrema arrogância e uma indigna grosseria?
Por que razão o despesismo na Madeira é descontrolado, as dívidas foram sistematicamente perdoadas pelos diversos governos e nenhuma entidade competente interveio, exigindo esclarecimentos?
Por que razão não existe uma única formação política que denuncie, com força, persistência e usando todos os meios legais, o autoritarismo daquele homem; as arbitrariedades de um só partido, o PSD/M; a democracia praticamente amordaçada; os múltiplos conflitos de interesse; o condicionamento do povo madeirense pelos poderes quase ilimitados do presidente da Região, portanto, dependendo da sua benevolência?
Quem tem medo de Alberto João Jardim? Que trunfos tem na mão para exigir mais e mais fundos aos “ladrões que roubam a arquipélago” - fautores de «leis nazificantes» - e ninguém lhe exige contas?
Quão belo seria se Manuel Ferreira Leite, por exemplo, se tivesse deslocado ao Chão da Lagoa e, com firmeza, se demarcasse, inequivocamente, de todas as deliberações e declarações incorrectas do Joãozinho das tendas do comes-e-bebes!
O PSD perderia votos ilhéus? Ganhá-los-ia no resto do País.
Porém, Marques Guedes, o seu representante na “festa da autonomia”, cultiva o eterno e único fim político: caça ao voto, e sabemos bem como isso funciona na Madeira.
O PSD tem de ganhar as próximas eleições, a fim de acabar com uma “governação ruinosa para a Madeira e para Portugal”.
Só lhe faltou atroar os ares com «Viva o Querido Presidente, Alberto João Jardim». Ou tê-lo-ia gritado mesmo?
A sabujice, e da parte de quem menos se suspeitaria, não tem faltado por aquelas bandas.
Para terminar, devo, também eu, chamar um "sem vergonha" ao Sócrates. Pode-se lá admitir ter contribuído para os 20% do PCP e BE?! Pode-se lá tolerar um símil atentado ao “faschesmo”!
Honestamente e para não faltar à verdade, o Joãozinho usou o termo democracia, mas este apenas funcionou como a tal capa a que acima aludi.
Alda M. Maia