AS DUAS BELAS
CRIAÇÕES DE VAN GOGH
ROUBADAS E
REENCONTRADAS
A saída da igreja protestantede Nuenen - 1884
A Praia de Scheveningen - 1882
Decorridos 14 anos,
foram reencontrados, na região de Nápoles, os dois quadros de Van Gogh,
roubados em horas nocturnas de sete de Dezembro 2002, no museu de Amesterdão dedicado
às obras daquele grande pintor.
A tenacidade da
Procuradoria de Nápoles e o núcleo da polícia tributária da Guarda de Finanças daquela
região conduziu-os ao local onde os quadros estavam escondidos: uma casa de
campo em Castellammare di Stabia, casa condutível a um dos grandes chefes do
narcotráfico internacional, Raffaele
Imperial”.
“A arte, sobretudo a arte contemporânea, é o canal número um para a
reciclagem. Desloca-se mais facilmente e é um investimento relativamente seguro.
Camorristas, evasores fiscais, criminosos comuns investem na arte.
Provavelmente, hoje, é a via principal de capitais de proveniência ilícita”: esta
é a opinião idónea de Roberto Saviano, grande estudioso e testemunha
credível do que é a Camorra na região napolitana, e não só.
Mais informa que “estes
clãs mafiosos, em várias zonas arqueológicas, saqueiam ânforas, estátuas e
outros achados arqueológicos de grande valor histórico e artístico,
revendendo-os no mercado clandestino; uma rapina ao ar livre e um negócio que
não deve ser subavaliado”.
Acrescente-se que
existem respeitáveis amantes da arte, assim como alguns museus, que não
alimentam grandes escrúpulos em conhecer a origem das obras que adquirem. O
amor à arte ou o investimento sobrepõem-se a qualquer outra consideração.
Em 29 de Julho de
2013, no Corriere Della Sera foi publicado um longo e esplêndido artigo com o
título: “Um milhão de obras de arte
roubadas e nunca encontradas”
Subtítulo: “Saquear
a Itália é fácil e ninguém paga. Dos nazis de ontem à máfia de hoje”. Paralelamente
aos nazis, o exército russo, quando invadiu Berlim, também se dedicou a uma
pilhagem similar: não só de objectos de arte alemães como os que foram saqueados
pelos nazis na Itália e transferidos para Berlim.
Imprimi essa
publicação. Fornece-nos um grande número de informações cativantes e bem
detalhadas sobre as preciosas obras de arte rapinadas.
Viva, pois, os dois
Van Gogh reaparecidos; aplausos à perseverança de quem os encontrou.
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