COMO AL JAZEERA VÊ BENTO XVI
No princípio desta semana, o Corriere della Sera mostrou os desenhos animados que Al Jazeera quis transmitir, na sequência e como consequência da célebre citação do Papa Ratzinger.
Gostava de saber se a liberdade de imprensa só existe, no mundo islâmico, quando se ironiza ou denigre este nosso Ocidente; quando se dá voz aos mais crueis, fanáticos e ameaçadores terroristas.
Também gostaria que alguém me explicasse, em relação aos fáceis melindres da religião islâmica, quais as condições em que a nossa liberdade de imprensa pode ou deve ser livre.
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Defendo que se deva respeitar a sensibilidade religiosa de quem quer que seja e se evite frases ou conceitos que a possam ferir. Já não aceito que este seja um princípio em sentido único.
É-me difícil compreender que uma estação televisiva popular e vista por milhôes de muçulmanos, qual é Al Jazeera, não se sirva desta sua posição para os esclarecer, extirpando tanto obscurantismo; que não queira tomar uma posição corajosa e feche os seus microfones às proclamações delirantes dos profissionais da violência.
Que belíssima missão! Não somente para benefício dos povos que quer servir, mas para todos os seres equilibrados e de boa vontade: de Oriente e Ocidente.
Alda M. Maia
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