UM EXTREMISTA RACIOCINA COM INTELIGÊNCIA?
Tenho muitas dúvidas que assim aconteça.
As pessoas extremistas, portanto radicais nas próprias ideias, apenas vêem o que as suas simpatias querem que elas vejam. Por muito que se deseje raciocinar e levá-las a ponderar e analisar as situações ou factos nas várias facetas, é melhor desistir: a dialéctica, neste caso, é impossível, irritante, cansativa
Irritante e impossível, pois a razão está sempre do lado do extremista. Quaisquer outros argumentos são inadmissíveis. Os factos são como os extremistas querem que sejam: não há outras interpretações.
Cansativa, pelos mesmos motivos. Aliás, o extremista é um puro nos seus ideais: como se atrevem a discutir tão nobres tomadas de posição?!...
Ora, estas tomadas de posição descambam, normalmente, nas frases pré-fabricadas, nos conceitos a que chamo “de chapa”: ouve-se um, ouvem-se todos. Trocam ou torcem as realidades - com natural desfaçatez ou inconsciência - de modo a que os próprios argumentos sejam irrefutáveis.
Agora, pergunto: é-se inteligente quando se raciocina dentro destes parâmetros?
Por mim, reconfirmo o que escrevi no primeiro parágrafo: não creio que sejam pessoas inteligentes. Ou, se o são - o que acho mais provável - a facciosidade impõe-se com tal força que o cérebro sofre um parcial obscurecimento.
Penso que isto deva ter sucedido aos extremistas de esquerda, quando se pronunciam sobre o que se passa no Médio Oriente. A razão está só de um lado – e todos sabemos que a razão nunca está só de um lado!
Israel, para eles, é o grande criminoso; a milícia Hezbollah constitui a legítima resistência.
Só gostaria que certos intelectuais explicassem bem a que coisa o Hezbollah resistia dentro do Líbano, visto que este país não estava em guerra com Israel. Por que razão desencadeou ataques inesperados e raptou soldados, dentro do território israelita, bem conhecendo o modus faciendi de Israel quando se sente atacado. Bem sabendo, portanto, que iria sacrificar vidas de compatriotas.
Fazendo parte do governo do Líbano, que espécie de gente é esta que não hesita a expor o próprio país a represálias e sem que o governo de nada saiba (presume-se)? E tudo isto, em nome de que coisa? De um Estado Palestiniano? E é deste modo que ajudam a Palestina? Ou, pelo contrário, nada lhes importa dos desgraçados civis palestinianos, servindo-se deles para outros fins? E que fins são esses, senão repugnantes pela espiral de violência que desencadeiam?
A palavra resistência nasceu com um significado heróico e verdadeiramente nobre, na II Guerra Mundial, contra a ocupação e barbárie nazi. Aplicá-la, agora, ao Hezbollah só demonstra falta de discernimento, direi mesmo estupidez.
O Professor Vital Moreira, num artigo de 18/07/2006, comparou as reacções de Israel à “ocupação alemã de vários países na II Guerra Mundial”.
Comparação muito, mas muito infeliz; de péssimo gosto!
Para defender as suas análises, parcialíssimas, não necessitava de descer tão baixo.
Alda M. Maia
Tenho muitas dúvidas que assim aconteça.
As pessoas extremistas, portanto radicais nas próprias ideias, apenas vêem o que as suas simpatias querem que elas vejam. Por muito que se deseje raciocinar e levá-las a ponderar e analisar as situações ou factos nas várias facetas, é melhor desistir: a dialéctica, neste caso, é impossível, irritante, cansativa
Irritante e impossível, pois a razão está sempre do lado do extremista. Quaisquer outros argumentos são inadmissíveis. Os factos são como os extremistas querem que sejam: não há outras interpretações.
Cansativa, pelos mesmos motivos. Aliás, o extremista é um puro nos seus ideais: como se atrevem a discutir tão nobres tomadas de posição?!...
Ora, estas tomadas de posição descambam, normalmente, nas frases pré-fabricadas, nos conceitos a que chamo “de chapa”: ouve-se um, ouvem-se todos. Trocam ou torcem as realidades - com natural desfaçatez ou inconsciência - de modo a que os próprios argumentos sejam irrefutáveis.
Agora, pergunto: é-se inteligente quando se raciocina dentro destes parâmetros?
Por mim, reconfirmo o que escrevi no primeiro parágrafo: não creio que sejam pessoas inteligentes. Ou, se o são - o que acho mais provável - a facciosidade impõe-se com tal força que o cérebro sofre um parcial obscurecimento.
Penso que isto deva ter sucedido aos extremistas de esquerda, quando se pronunciam sobre o que se passa no Médio Oriente. A razão está só de um lado – e todos sabemos que a razão nunca está só de um lado!
Israel, para eles, é o grande criminoso; a milícia Hezbollah constitui a legítima resistência.
Só gostaria que certos intelectuais explicassem bem a que coisa o Hezbollah resistia dentro do Líbano, visto que este país não estava em guerra com Israel. Por que razão desencadeou ataques inesperados e raptou soldados, dentro do território israelita, bem conhecendo o modus faciendi de Israel quando se sente atacado. Bem sabendo, portanto, que iria sacrificar vidas de compatriotas.
Fazendo parte do governo do Líbano, que espécie de gente é esta que não hesita a expor o próprio país a represálias e sem que o governo de nada saiba (presume-se)? E tudo isto, em nome de que coisa? De um Estado Palestiniano? E é deste modo que ajudam a Palestina? Ou, pelo contrário, nada lhes importa dos desgraçados civis palestinianos, servindo-se deles para outros fins? E que fins são esses, senão repugnantes pela espiral de violência que desencadeiam?
A palavra resistência nasceu com um significado heróico e verdadeiramente nobre, na II Guerra Mundial, contra a ocupação e barbárie nazi. Aplicá-la, agora, ao Hezbollah só demonstra falta de discernimento, direi mesmo estupidez.
O Professor Vital Moreira, num artigo de 18/07/2006, comparou as reacções de Israel à “ocupação alemã de vários países na II Guerra Mundial”.
Comparação muito, mas muito infeliz; de péssimo gosto!
Para defender as suas análises, parcialíssimas, não necessitava de descer tão baixo.
Alda M. Maia
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