AS ARTES SEDUTORAS DE BERLUSCONI E O INEVITÁVEL INCIDENTE DIPLOMÁTICO
Terça-feira, dia 21, com a presença de Durão Barroso, procedeu-se à inauguração, em Parma, da sede da Agência de Segurança Alimentar da União Europeia.
Ouvindo Berlusconi a vangloriar-se dos esforços que fez para obter que esta sede fosse localizada na Itália – Parma – e não na Finlândia, a série de “gaffes” foi de tal ordem que o incidente diplomático seria facilmente previsível. Efectivamente, o ministério dos Negócios Estrangeiros finlandês convocou o embaixador italiano, em Helsínquia, para manifestar a desagradável surpresa a propósito das afirmações de Berlusconi. Ei-las:
“Parecia-me inaceitável – diz Berlusconi – que fosse a Finlândia a presidir esta agência. Estive naquele país e tive de submeter-me à dieta finlandesa. Descobri que não havia nenhuma possibilidade de comparação entre o que, mesmo hoje, ofereceremos ao presidente Barroso, o qual poderá saborear o “culatello” de Parma (especialidade de salame) e não a rena fumada que encontraria na Finlândia”;
“Quando se quer obter um resultado, é necessário recorrer a todas as armas que se tem à disposição. Portanto, desempoeirei todas as minhas artes de play-boy, já longínquas no tempo, e utilizei uma série de solicitações galantes dirigidas à Senhora Presidente (Tarja Halonen).
O Sr. Primeiro-Ministro italiano – useiro e vezeiro nos deslizes diplomáticos – sempre que a ribalta lhe é favorável para um exibicionismo sem freios, nunca perde ocasião de enunciar incríveis despropósitos!
A RAI1 – cujos noticiários são sempre muito domesticados - apresentou o caso como um pequeno incidente. Coisa sem importância!...
Pequeno ou grande, é repulsiva a normalidade do exibicionismo da grosseria e o diminuição destes actos por quem deveria ser um intransigente censor – a opinião pública.
Terça-feira, dia 21, com a presença de Durão Barroso, procedeu-se à inauguração, em Parma, da sede da Agência de Segurança Alimentar da União Europeia.
Ouvindo Berlusconi a vangloriar-se dos esforços que fez para obter que esta sede fosse localizada na Itália – Parma – e não na Finlândia, a série de “gaffes” foi de tal ordem que o incidente diplomático seria facilmente previsível. Efectivamente, o ministério dos Negócios Estrangeiros finlandês convocou o embaixador italiano, em Helsínquia, para manifestar a desagradável surpresa a propósito das afirmações de Berlusconi. Ei-las:
“Parecia-me inaceitável – diz Berlusconi – que fosse a Finlândia a presidir esta agência. Estive naquele país e tive de submeter-me à dieta finlandesa. Descobri que não havia nenhuma possibilidade de comparação entre o que, mesmo hoje, ofereceremos ao presidente Barroso, o qual poderá saborear o “culatello” de Parma (especialidade de salame) e não a rena fumada que encontraria na Finlândia”;
“Quando se quer obter um resultado, é necessário recorrer a todas as armas que se tem à disposição. Portanto, desempoeirei todas as minhas artes de play-boy, já longínquas no tempo, e utilizei uma série de solicitações galantes dirigidas à Senhora Presidente (Tarja Halonen).
O Sr. Primeiro-Ministro italiano – useiro e vezeiro nos deslizes diplomáticos – sempre que a ribalta lhe é favorável para um exibicionismo sem freios, nunca perde ocasião de enunciar incríveis despropósitos!
A RAI1 – cujos noticiários são sempre muito domesticados - apresentou o caso como um pequeno incidente. Coisa sem importância!...
Pequeno ou grande, é repulsiva a normalidade do exibicionismo da grosseria e o diminuição destes actos por quem deveria ser um intransigente censor – a opinião pública.
Alda Maia
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