DE QUE TIVERAM MEDO OS 115 CARDEAIS EM CONCLAVE?
Quem é que não fala e não se manifesta sobre a nomeação do novo Papa?
Do mais douto ao mais ignorante, todos se expressaram. As opiniões caíram como saraivadas: negativas - talvez a maior parte; positivas; entusiastas; prudentes, mas oneradas de receios; algumas insolentes.
Confesso que também eu fiquei desiludida. E duplamente desiludida. Primeiro, porque os senhores da Cúria Romana nunca me entusiasmaram como «papabili»; segundo, porque gostaria de ver, no trono pontifício, o ex-cardeal de Milão, Carlo Maria Martini.
Famoso biblicista, eminente teólogo, intelectual profundo, homem moderado e com uma ampla e optimista visão do mundo moderno.
Por motivos de saúde, segundo informaram os jornais, manifestara desejos de não ser eleito. Todavia, os chamados reformistas apostaram na sua eleição a sucessor de João Paulo II. Teria sido uma excelente escolha.
Elegeram o Cardeal Ratzinger – Bento XVI. Surge a pergunta: de que tiveram medo os 115 Cardeais em Conclave? Que sinal quiseram enviar ao mundo, sobretudo ao mundo católico?
A um indiscutível Martini preferiram o férreo guardião da Fé, o bastião da defesa dos dogmas católicos. E repete-se a pergunta: a ditadura do relativismo é, efectivamente, o inimigo ao qual se deve antepor uma defesa extrema?
Defesa extrema, mas…
É naquele «mas» que eu espero predomine a visão de Carlo Maria Martini.
Quem é que não fala e não se manifesta sobre a nomeação do novo Papa?
Do mais douto ao mais ignorante, todos se expressaram. As opiniões caíram como saraivadas: negativas - talvez a maior parte; positivas; entusiastas; prudentes, mas oneradas de receios; algumas insolentes.
Confesso que também eu fiquei desiludida. E duplamente desiludida. Primeiro, porque os senhores da Cúria Romana nunca me entusiasmaram como «papabili»; segundo, porque gostaria de ver, no trono pontifício, o ex-cardeal de Milão, Carlo Maria Martini.
Famoso biblicista, eminente teólogo, intelectual profundo, homem moderado e com uma ampla e optimista visão do mundo moderno.
Por motivos de saúde, segundo informaram os jornais, manifestara desejos de não ser eleito. Todavia, os chamados reformistas apostaram na sua eleição a sucessor de João Paulo II. Teria sido uma excelente escolha.
Elegeram o Cardeal Ratzinger – Bento XVI. Surge a pergunta: de que tiveram medo os 115 Cardeais em Conclave? Que sinal quiseram enviar ao mundo, sobretudo ao mundo católico?
A um indiscutível Martini preferiram o férreo guardião da Fé, o bastião da defesa dos dogmas católicos. E repete-se a pergunta: a ditadura do relativismo é, efectivamente, o inimigo ao qual se deve antepor uma defesa extrema?
Defesa extrema, mas…
É naquele «mas» que eu espero predomine a visão de Carlo Maria Martini.
Alda Maia
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