domingo, junho 05, 2005

E VAGABUNDEMOS… (TRATADO CONSTITUIÇÃO EUROPEIA)

Vagabundemos então sobre o muito que se escreveu e disse a propósito do NÃO da França e Holanda.

Apreciei o que disse Carlo Azeglio Ciampi, presidente da República Italiana: “Não se pode atribuir à união Europeia responsabilidades que se colocam, em grande parte, nas competências dos Estados Membros”

No Corriere Della Sera, de hoje, o ex-comissário europeu, Mário Monti, publica um artigo que acho esplêndido. Entre muitos considerandos, amplamente compartilhados, escreve: “Neste estado avançado da constituição europeia, ocorre uma maior integração política. Esta procede lentamente, o tratado constitucional teria consentido alguns passos em frente, mas afundaram-no. Ao mesmo tempo - e isto está emergindo como o problema maior - em vários países existe um uso cada vez mais desenvolto e cínico da Europa para fins de política interna”

No Diário de Notícias achei muito interessante o artigo de Adiogo Pires Aurélio (escreverei este nome correctamente?) – “Alguns equívocos do referendo Europeu”
Quanto ao artigo de António Barreto no Publico - A Bicicleta Parou - que outras apreciações se poderiam esperar do Sior Todero Brontolon?!! - ( o Senhor Tódero Resmungão)
Os nossos jornais deram relevo à idiotice do italiano Roberto Maroni, o qual propõe o regresso à velha moeda, a lira. Inclusive, pretende um referendo sobre o assunto!
Li um comentário, no blog “bichos-carpinteiros.blogspot.com”, que Maroni é um ministro já antigo. Valha-nos Deus!
Teve apenas duas experiências de governo. Isto não impede que continue a ser de uma mediocridade e demagogia confrangedoras; aliás, igual a todos os ministros da Liga que fazem parte do governo berlusconiano. Afinidades com o primeiro ministro!!!

O famoso e simpático Roberto Benigni sugeriu uma boa ideia: “Maroni quer regressar à lira? Eu tornaria ao sestércio, o que seria muito melhor. Porque se está melhor com o sestércio, não é verdade? Pode-se ir conquistar a Gália... e por aí adiante. Em conclusão, a crise económica resolver-se-ia num abrir e fechar de olhos”
Alda Maia