segunda-feira, junho 05, 2017

O REI CAFONE

Donald Trump

Antes de nos referirmos ao rei, expliquemos o significado do vocábulo italiano “cafone”, o qual parece que se vai internacionalizando, pois já o vi escrito em língua não itálica.
Il dizionario dela lingua italiana De Mauro” informa-nos: cafone = grosseiro e ignorante; malcriado e vilão; campónio, labrego, indelicado, etc..
Indubitavelmente, uma palavra rica de valores significativos e de larga aplicação. E sendo assim, por uma associação de ideias irrefreáveis, irrompeu no meu pensamento a figura do Sr. Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, qual personagem bastante adequada a um retrato com estas características.

Vemo-lo fotografado em poses senhoriais: cabeça bem erguida, lábios salientes e severos: “EU sou o rei, as minhas ordens devem ser executadas.
O que enunciei em campanha eleitoral deve ser cumprido, sobretudo no que concerne o cancelamento do que o predecessor, Barack Obama, executou. É só lixo ou inútil e deve ser eliminado”.
Sigamos ainda o pensamento do grande líder cafone americano:
 Variações climáticas, aquecimento do planeta?! Quem inventou estas balelas? Existe o Tratado de Paris sobre este tema e o mais importante país do mundo que eu dirijo, EUA, aprovou-o? Fora! Não queremos contribuir para estas inutilidades. Ademais, prejudicam as nossas empresas e, acima de quaisquer outras entidades, é sobre estes interesses que centralizo a minha acção presidencial.
Desconhece, ou finge ignorar, que grande parte destas empresas e de grande nome segue e adaptou-se aos ditames do Tratado de Paris.

As chamadas redes sociais são interessantes, úteis, velozes e modernas vias de comunicação. Todavia, soa-me um pouco desafinada a modernidade “twitteira” (passe o neologismo improvisado) de Mr. Trump que, talvez antes de comunicar no departamento próprio, vai ao Twitt chilrear os seus pensamentos e decisões políticas. È correcto? É aceitável? É de bom gosto? Que a sensibilidade de cada um ajuíze.

É inesquecível a cena cujo filmado correu mundo e no qual “o rei cafone” afasta rudemente, qual labrego fora do seu ambiente, o Primeiro-Ministro do Montenegro e coloca-se na primeira fila, perfilando-se e ajustando a gravata.

Vi este vídeo várias vezes e tudo me parecia uma piada; jamais uma situação real. Mas era realíssima e, como único testemunho, já seria bem elucidativo sobre o rico campónio grosseiro e vilão que, presentemente, conduz os destinos políticos, administrativos e representativos da grande América. 

Elegeram-no democraticamente; elevaram-no a esse cargo em competitividade com outros candidatos. Legitimamente, é o 45.º Presidente dos Estados Unidos da América.
Tem um bacharelato em economia, provém de uma família abastada e como património pessoal é o 113.º na América e o 324.º no mundo. Possui todos os requisitos para comportar-se, sempre, como um autêntico cavalheiro; é lamentável que os despreze.