domingo, janeiro 06, 2013

E PARA INÍCIO DO 2013
CONTEMOS UMA HISTÓRIA LINDA

Contemos a história do gato Toldo.
Histórias lindas, nestes tempos que correm, são raríssimas no ambiente humano. E quando sucedem, estamos tão empedernidos pela feiura das realidades e da gente que as personalizam que talvez passem por nós sem que nos apercebamos ou lhes demos importância.
Por hoje, procuremo-las no reino animal. Nunca nos desiludem!

Toldo é um gatinho de três anos que vive numa aldeia a norte de Florença (Montagnana) e foi notícia nos últimos dias do ano que passou.
Quis colocar aqui a sua fotografia, mas não me foi possível seleccioná-la e carregá-la neste blogue – um problema que não sei explicar.
Mas continuemos.

O seu patrão, Renzo Iozelli que amava muito os animais, trouxera-o para casa, quando Toldo tinha três meses. Obviamente, era-lhe  muito afeiçoado.
Em Setembro de 2011, Renzo morreu com 71 anos de idade. No dia do funeral, Toldo seguiu o féretro até ao cemitério. Desde então, o gatinho é uma visita diária do túmulo de Renzo.

Estamos habituados a histórias similares, mas relativas à fidelidade dos eternos amigos do homem, os cães.
No que me concerne, desconhecia acções deste género nas quais o herói fosse um gato. O acontecimento, portanto, surpreendeu-me e agradou-me duplamente.

Mas a história não contém apenas as visitas quotidianas de Toldo ao túmulo do patrão.
No dia sucessivo ao funeral, a Senhora Ada, viúva de Enzo, foi ao cemitério e encontrou um raminho de acácia. Pensou imediatamente no gato, mas a filha recusou tal probabilidade. Era a força das emoções que levava a mãe a tais fantasias.
Enganava-se. À noite, nesse mesmo dia, o genro da Sra. Ada foi ao cemitério e encontrou Toldo de guarda ao túmulo do grande amigo.

Desde entáo, o gatinho, nas suas visitas habituais, nunca se esquece de lever prendas a Renzo, depositando-as em cima da lápide: folhas, copos de plástico, lenços de papel, galhos, raminhos.

Concluindo, o caso foi visto como um acontecimento inédito e se não houvesse tantas testemunhas a confirmál-lo, ter-se-ia pensamentos idênticos à primeira reacção da filha de Renzo: fantasias.
Mas é tudo verdadeiro e não deixa de ser comovente.
Hoje, Toldo é o ídolo de Montagnana e o “herói” de um lindo conto real.

1 Comments:

At 5:18 da tarde, Blogger Unknown said...

Alda :já há muito que leio os seus blogs, mas só agora os aprecio devidamente.Peço desculpa de ter sido tão leviana ao lê-los. Parabens, assim, sim!Beatriz e um abraço.

 

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