ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS
QUAL CANDIDATO?
Com o poder de escolha que o direito ao voto me concede e a que não entendo renunciar; cultivando sempre o interesse por uma informação clara e, sobretudo, objectiva - algo de precioso, mas muito raro no nosso País, infelizmente – tenho o hábito de concentrar-me e analisar, com a máxima acuidade de que sou capaz, não as presumíveis qualidades de quem defende a própria candidatura, mas o que me desagrada ou não gostaria de ver na pessoa que será elevada a Presidente da República.
Sendo o primeiro dos quatro órgãos de soberania, (…) “representa a República Portuguesa, garante a independência nacional, a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas e é, por inerência, Comandante Supremo das Forças Armadas”.
Perante esta definição, devemos permitir que sejam apenas as simpatias ou tendências políticas a determinar o nosso voto? Ou, pelo contrário, não seria mais sensato observar, ouvir com atenção, ponderar, contrapor o que, à nossa sensibilidade, se apresenta como defeitos e qualidades e, só então, escolher a pessoa que nos parece mais digna e culturalmente preparada para exercer um tão alto cargo?
Como são as facetas negativas que mais absorvem a minha atenção, descrevo o que não me agrada.
Em primeiro lugar, não aprecio um candidato a Presidente da República que apregoa superioridades, seja no que for, quando seria mais aceitável e correcto, nestas circunstâncias, falar de méritos, se os tem.
Não aprecio quem se alcandora em posições de privilégio e usa o desdém, quando alude aos adversários, precisamente porque se crê superior. Síndrome de uma enfatuação de si mesmo ou arrogância da mediocridade? Não interessa a resposta: são equivalentes.
Não aprecio quem agita a bandeira da honestidade como estandarte da tal superioridade, quando entendo que a honestidade é uma segunda pele de quem nasce honesto e é bem formado. E sendo assim, tudo é normal e jamais sentimos o impulso de o pôr em evidência, quando as circunstâncias o não exigem. Portanto, retórica dispensável.
QUAL CANDIDATO?
Com o poder de escolha que o direito ao voto me concede e a que não entendo renunciar; cultivando sempre o interesse por uma informação clara e, sobretudo, objectiva - algo de precioso, mas muito raro no nosso País, infelizmente – tenho o hábito de concentrar-me e analisar, com a máxima acuidade de que sou capaz, não as presumíveis qualidades de quem defende a própria candidatura, mas o que me desagrada ou não gostaria de ver na pessoa que será elevada a Presidente da República.
Sendo o primeiro dos quatro órgãos de soberania, (…) “representa a República Portuguesa, garante a independência nacional, a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas e é, por inerência, Comandante Supremo das Forças Armadas”.
Perante esta definição, devemos permitir que sejam apenas as simpatias ou tendências políticas a determinar o nosso voto? Ou, pelo contrário, não seria mais sensato observar, ouvir com atenção, ponderar, contrapor o que, à nossa sensibilidade, se apresenta como defeitos e qualidades e, só então, escolher a pessoa que nos parece mais digna e culturalmente preparada para exercer um tão alto cargo?
Como são as facetas negativas que mais absorvem a minha atenção, descrevo o que não me agrada.
Em primeiro lugar, não aprecio um candidato a Presidente da República que apregoa superioridades, seja no que for, quando seria mais aceitável e correcto, nestas circunstâncias, falar de méritos, se os tem.
Não aprecio quem se alcandora em posições de privilégio e usa o desdém, quando alude aos adversários, precisamente porque se crê superior. Síndrome de uma enfatuação de si mesmo ou arrogância da mediocridade? Não interessa a resposta: são equivalentes.
Não aprecio quem agita a bandeira da honestidade como estandarte da tal superioridade, quando entendo que a honestidade é uma segunda pele de quem nasce honesto e é bem formado. E sendo assim, tudo é normal e jamais sentimos o impulso de o pôr em evidência, quando as circunstâncias o não exigem. Portanto, retórica dispensável.
Ademais, quando se torna de conhecimento geral actos discutíveis de um qualquer político, nem sempre os devemos catalogar como actos desonestos, mas claramente incorrectos. Serão legítimos, mas não são sérios.
Não aprecio quem demonstra um nível cultural deficitário. Quero ser representada, orgulhosamente representada, por um Presidente da República que é capaz de discursos sem retóricas de manuais oratórios, ocas e repetitivas, mas onde as palavras e frases são prenhes de um conteúdo rico de ideias.
Quero ser representada por uma figura dotada de extensos conhecimentos que melhor iluminem a interpretação e aplicação das suas competências. Como a Constituição indica, são de primária importância.
Não aceito a diminuição a que, muito frequentemente, relegam a função de Presidente da República.
Se consegue ser e demonstrar-se equidistante, mas sempre atento às realidades do País e, dentro das suas competências, saber encorajar iniciativas criadoras; se recolhe todas as ocasiões para conseguir uma sã coesão de todas a forças políticas – sem quaisquer cálculos eleitoralistas - na resolução de graves problemas, como a nossa dívida soberana e a recessão económica, por exemplo; se recolhe todas as ocasiões que lhe parecem oportunas para, no exterior, impor a sua autoridade de Presidente sério e competente e dar voz e peso a este País, então podemos afirmar, sem hesitações, que soubemos eleger um óptimo Presidente.
Concluindo: dos cinco candidatos, quem escolher? A quem dar, reflectidamente, o nosso voto?
Cheguei a uma única certeza: apenas sei por quem não votar.
Alda M. Maia
Não aprecio quem demonstra um nível cultural deficitário. Quero ser representada, orgulhosamente representada, por um Presidente da República que é capaz de discursos sem retóricas de manuais oratórios, ocas e repetitivas, mas onde as palavras e frases são prenhes de um conteúdo rico de ideias.
Quero ser representada por uma figura dotada de extensos conhecimentos que melhor iluminem a interpretação e aplicação das suas competências. Como a Constituição indica, são de primária importância.
Não aceito a diminuição a que, muito frequentemente, relegam a função de Presidente da República.
Se consegue ser e demonstrar-se equidistante, mas sempre atento às realidades do País e, dentro das suas competências, saber encorajar iniciativas criadoras; se recolhe todas as ocasiões para conseguir uma sã coesão de todas a forças políticas – sem quaisquer cálculos eleitoralistas - na resolução de graves problemas, como a nossa dívida soberana e a recessão económica, por exemplo; se recolhe todas as ocasiões que lhe parecem oportunas para, no exterior, impor a sua autoridade de Presidente sério e competente e dar voz e peso a este País, então podemos afirmar, sem hesitações, que soubemos eleger um óptimo Presidente.
Concluindo: dos cinco candidatos, quem escolher? A quem dar, reflectidamente, o nosso voto?
Cheguei a uma única certeza: apenas sei por quem não votar.
Alda M. Maia
5 Comments:
Pode crer, Alda, fiquei a reflectir no que escreveu acerca das Presidenciais, dos candidatos a PR e dos defeitos que quem quiser ser Presidente da República não pode ter.
E confirmei a lamentável conclusão a que pessoalmente penso ter eu chegado: nenhum dos candidatos tem o perfil ideal para vir a ser Presidente da República.
Então, que fazer?
A Constituição da República Portuguesa diz que temos de ter um Presidente. Vamos então optar pelo mal menor?
A verdade é esta, não consegui descobrir, nas suas entrelinhas, um candidato à altura das circunstâncias.
Um abraço amigo
António
Como está, António?
Parece-me que pretendo uma proximidade da perfeição e, como bem sabe, é uma "avis rara", sobretudo na classe ou casta política.
A minha descrição do que não me agrada, se retrata alguém, é puríssima casualidade!...
Há sempre um "menos imperfeito" a quem dedicar o voto, não lhe parece?
Um bagraço a toda a Família.
Alda
Peço desculpa, António, mas devo corrigir uma trapalhada.
Quis escrever ABRAÇO, não "bagraço"
Alda
D. Alda,
Passemos então a excluir o(s) candidato(s) que menos se adequa ao papel de PR...
E assim fazendo, eu (também) sei em quem não vou votar. Contudo, a esta altura, e fazendo um pouquinho do trabalho de exclusão que a D. Alda refere, (também) já sei em quem votar.
Aqui não o digo, não posso vir para aqui fazer propaganda política, mas o meu blogue já o manifestei.
Um beijinho grande
Também eu sei em quem votar, Maria Teresa.
O voto em branco só muito, mas muito excepcionalmente o tomaria em linha de conta.
Apenas me limitei a descrever características em campo que não aceito nem aceitaria na minha concepção de escolha.
Um beijinho
Alda
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