A FRESCURA DE UM CÉREBRO CENTENÁRIO
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No passado dia 22, quarta-feira, Rita Levi Montalcini - esta “Grande Senhora” a quem já me referi em 22 de Abril 2007 e 27 Abril 2008 - completou cem anos.
É com infinito prazer que, pela terceira vez, neste blogue, escrevo sobre Rita Levi Montalcini.
Não me canso de reiterar a minha simpatia e admiração por esta mulher, hoje centenária, e não somente porque foi laureada com o Nobel da Medicina em 1986.
Acima de tudo, admiro-a pela sua grande personalidade: férrea, determinada e coerente; pela elegância de postura e fineza de intelecto.
Admiro-a pela sua profunda atenção aos problemas sociais: a fundação que tem o seu nome e por ela financiada, distribui centenas de bolsas de estudo a raparigas de vários países africanos, a fim de as ajudar a emergir do atraso a que seriam votadas.
Admiro-a pela vitalidade que tem demonstrado, e continua a demonstrar, na sua actividade científica - "A minha vitalidade deriva da total indiferença que dedico à minha pessoa".
“European Brain Research Institute – EBRI - é um centro de investigação científica internacional, inteiramente dedicado ao estudo das neurociências.
Fundado e inspirado cientificamente pela Professora Catedrática Rita Levi Montalcini, é uma organização sem fins lucrativos. Tem como objectivo investigar e compreender as bases moleculares das doenças neurológicas e, em particular, as «neurodegenerativas», como o Alzheimer, a fim de desenvolver novas estratégias terapêuticas.
Depois do recrutamento de jovens investigadores através de concursos internacionais, publicados nas revistas «Nature» e «Science», iniciou a sua actividade em 2005, em Roma” - http://www.ebri.it/
Rita Levi Montalcini segue a fundação EBRI com o entusiasmo e a assiduidade de um qualquer cientista mais jovem.
Nas múltiplas entrevistas que concedeu, nesta semana de comemoração dos cem anos de vida, encantava a vivacidade de respostas, o optimismo que irradiava, os conselhos que exprimia.
O mais importante é manter o cérebro constantemente activo, mesmo que o corpo possa, lentamente, decair.
Sou optimista. O pessimismo é uma derrota, logo à partida.
A vida merece ser vivida, se cremos nos valores, porque estes permanecem após a nossa morte.
Cem anos?! São uma idade ideal para fazer descobertas. Ai de quem manda o cérebro para a reforma!
Este último é um excelente, mais que excelente conselho para ser seguido fielmente.
Alda M. Maia
É com infinito prazer que, pela terceira vez, neste blogue, escrevo sobre Rita Levi Montalcini.
Não me canso de reiterar a minha simpatia e admiração por esta mulher, hoje centenária, e não somente porque foi laureada com o Nobel da Medicina em 1986.
Acima de tudo, admiro-a pela sua grande personalidade: férrea, determinada e coerente; pela elegância de postura e fineza de intelecto.
Admiro-a pela sua profunda atenção aos problemas sociais: a fundação que tem o seu nome e por ela financiada, distribui centenas de bolsas de estudo a raparigas de vários países africanos, a fim de as ajudar a emergir do atraso a que seriam votadas.
Admiro-a pela vitalidade que tem demonstrado, e continua a demonstrar, na sua actividade científica - "A minha vitalidade deriva da total indiferença que dedico à minha pessoa".
“European Brain Research Institute – EBRI - é um centro de investigação científica internacional, inteiramente dedicado ao estudo das neurociências.
Fundado e inspirado cientificamente pela Professora Catedrática Rita Levi Montalcini, é uma organização sem fins lucrativos. Tem como objectivo investigar e compreender as bases moleculares das doenças neurológicas e, em particular, as «neurodegenerativas», como o Alzheimer, a fim de desenvolver novas estratégias terapêuticas.
Depois do recrutamento de jovens investigadores através de concursos internacionais, publicados nas revistas «Nature» e «Science», iniciou a sua actividade em 2005, em Roma” - http://www.ebri.it/
Rita Levi Montalcini segue a fundação EBRI com o entusiasmo e a assiduidade de um qualquer cientista mais jovem.
Nas múltiplas entrevistas que concedeu, nesta semana de comemoração dos cem anos de vida, encantava a vivacidade de respostas, o optimismo que irradiava, os conselhos que exprimia.
O mais importante é manter o cérebro constantemente activo, mesmo que o corpo possa, lentamente, decair.
Sou optimista. O pessimismo é uma derrota, logo à partida.
A vida merece ser vivida, se cremos nos valores, porque estes permanecem após a nossa morte.
Cem anos?! São uma idade ideal para fazer descobertas. Ai de quem manda o cérebro para a reforma!
Este último é um excelente, mais que excelente conselho para ser seguido fielmente.
Alda M. Maia
2 Comments:
Fiquei absolutamente fã da senhora enquanto pessoa embora já o fosse enquanto cientista e na sua vertente de filantropia.
Então estes últimos conselhos estão mesmo ao meu jeito.
Gostei.
Só lhe acrescento mais um comentário que Rita L. Montalcini, de origem judaica, exprimiu com um grande sorriso:
"Nunca tive medo, pois o medo não sei onde mora. Tenho a tendência de ver tudo com optimismo, até as coisas mais graves... mesmo o facto de ter sido declarada de raça inferior!..."
A presto
Alda
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