sábado, julho 29, 2006















ROBERTO BENIGNI
RECITA DANTE

Aperto de mão entre o Primeiro-Ministro, Romano Prodi, e Roberto Benigni, ontem, em Florença.
O artista toscano leu o terceiro Canto do Inferno de Dante Alighieri.

Além da lectura Dantis na Praça de Santa Croce, houve também um espaço para a comicidade.
Um exemplo: improvisando um diálogo surreal com a estátua de Dante, colocada atrás de Benigni, este fingiu não reconhecer Romano Prodi, sentado em primeira fila – “mas não, não é ele…, é um amigo do meu País…Prada” – provocando a hilaridade de toda a plateia, Prodi incluído” -
Corriere della Sera - 29/07/2006

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Conhecendo Benigni, olhem se ele não aproveitaria a ocasião para as suas habituais e esfusiantes improvisações!

Sempre que aquele homem irrompe no palco, já sei que será gargalhada contínua. Mas quando começa a recitar Dante, passa-se do riso à emoção.

Nunca esqueci a primeira vez que o ouvi recitar, há uns anos atrás, os primeiros versos da oração de São Bernardo a Maria, no XXXIII Canto do Paraíso.
Recitou as primeiras sete estrofes, de treze, nas quais São Bernardo canta os louvores a Maria, com uma pacatez e um transporte de emoção que quase fiquei com a respiração suspensa. Estupendo!

Vergine Madre, figlia del tuo figlio,
umile e alta più che creatura,
termine fisso d’etterno consiglio,
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Nel ventre tuo si raccese l'amore,
per lo cui caldo ne l'etterna pace
cosí è germinato questo fiore
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Alda M. Maia