terça-feira, julho 05, 2005

AINDA SOBRE PROFESSORES PRIMÁRIOS (PERDÃO, PROFESSORES DO 1.º CICLO)

Naquilo que lemos, há sempre qualquer frase ou parágrafo que chamam mais estridentemente a nossa atenção. Vem isto a propósito do que li no artigo de Miguel Sousa Tavares, de sexta-feira passada, sobre os direitos adquiridos. Eis o que sinceramente me divertiu:

Do Algarve, recebi uma carta dos professores de uma escola de ensino básico, muito indignados por eu não entender que se possam reformar ao fim de trinta anos de trabalho
(de facto, 29). Indignam-se, desde logo, por eu os tratar não pelo seu título de “Professores do 1.º ciclo”, mas sim como “professores primários”

Efectivamente, subiram de estatuto. Há a palavra “superior” que nos equivalentes estabelecimentos de ensino, doutras épocas, não existia.

A minha Mãe cursou a “Escola Normal” e ficou “professora do ensino primário oficial”. Eu já fiz o meu curso na “Escola do Magistério Primário” – também “professora primária”. No tempo do meu avô materno, que também era professor, não sei qual o nome atribuído ao estabelecimento de ensino que frequentou. Todavia, era mais conhecido como o “Senhor Mestre”

Hoje, frequenta-se a “Escola Superior de Educação”. É-se bacharel!
Aquele Superior empresta outra categoria a esta classe de professores, isto é, “Professores do 1.º ciclo”, ora bem!!...
Primários? Apenas nas reacções.

Quem disse que o ridículo não tinha limites? Verdade sacrossanta!!
Alda Maia