OS CONTRA-SENSOS
IMPERAM
AOS SENSATOS A
PALAVRA
Sensatez, por onde
andas? Nos tempos actuais, os dislates, os despautérios, as parvoíces são as
plataformas onde assentam os discursos e as intenções dos grandes da terra.
E com qual desenvoltura
as proclamam, perante multidões! A este ponto, e usando vocábulos
terra-a-terra, podemos dar voz ao que pensamos e acenar às burrices de bestas
humanas que caracterizarão o 2017?
A primeira burrice… perdão,
apenas quis dizer contra-senso. Pois bem, este primeiro contra-senso alberga-se na corrente
de “trumpadas” que desabaram sobre a América e diz respeito à elevação de um
muro nas fronteiras com o México. Com o pretexto de bloquear imigrações
indesejadas, decidiram construí-lo sem consultar o governo mexicano nem pedir
conselhos a ninguém. Entretanto, porém, os mexicanos deverão pagar o custo das
obras.
Pergunta óbvia: isto
é arrogância desmedida ou uma desmesurada estupidez?! A resposta é simples:
ampla estupidez aliada a uma arrogância indigna do país donde provém.
O México reagiu e,
como seria de esperar, naquele país desencadeou-se uma onda de
antiamericanismo. Até onde chegará tudo isto?
Mas, infelizmente, os
dislates subseguem-se e, sexta-feira passada, o estreante Presidente dos
Estados Unidos assinou uma ordem
executiva que não é somente indigna, mas também repugnante.
“Como protecção das
nações contra o ingresso de terroristas estrangeiros”, essa ordem executiva proíbe
a entrada de cidadãos provenientes de sete países muçulmanos: Irão, Iraque,
Líbia, Síria, Somália, Sudão e Yémen
Muitos desses
cidadãos iam a caminho da América com a devida autorização para a entrada no país.
Várias dezenas
ficaram retidas nos aeroportos de Nova York, Chicago, Los Angeles e outros, com
a ameaça de serem repatriadas.
A juíza federal de
Brooklyn, Ann M. Donnelly, interveio e impediu as deportações, fruto de uma
ordem executiva demolidora da uma tradição sempre ancorada a uma democracia acolhedora
e inquestionável. Outros juízes federais assumiram idêntica iniciativa.
Para os sírios é
proibida a entrada até novas ordens; para os demais países a proibição durará
90 dias.
Moral da história: como
são países muçulmanos, os seus cidadãos devem ser discriminados. Logo, os
muçulmanos não podem ter acesso aos Estados Unidos da América.
Que pensam aqueles
muçulmanos que, de há gerações, são cidadãos americanos? Protestam, obviamente.
Aliás, os protestos contra mais esta aberração de Mr. Trump ecoaram pelo mundo.
Oxalá que a sociedade internacional não desvie os olhos desta nova realidade
americana, reaja sempre que necessário e sem ambages.
Se continua por este
caminho que, em fim de contas, prejudica o próprio país em primeiro lugar, a
América deve pôr travão a este demagogo.
Felizmente, o povo
americano começa a vir para a rua e demonstrar que o labrego que elegeu é uma
anomalia, sórdida, na essência da sua identidade nacional.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home