DO FUNDO DO MAR E DE
ESCAVAÇÕES,
A cabeça da Estátua B e a da Estátua A
Na quarta-feira da
semana passada, operários que escavavam no parque “El Zaudin” de Tomares, perto
de Sevilha, encontraram várias ânforas contendo milhares de moedas romanas em
bronze, algumas com banho de prata, do fim do século IV. Um tesouro histórico
incalculável.
Também na semana
passada, em trabalhos no centro da cidade de Reggio Calábria, sul de Itália,
“bastaram as escavações preliminares para fazer surgir uma estrutura antiga,
surpreendentemente integra”.
Uns dizem que se
trata de um túmulo romano do primeiro século depois de Cristo. Arqueólogos e
técnicos tomaram conta da situação, pois a prudência aconselha um estudo mais
aprofundado dos elementos que vão surgindo: pratos intactos, cacos, ânforas e
moedas, objectos úteis para compreender a época a que ascendem aqueles muros que “Poderiam
reescrever a história da cidade”.
Mas esta cidade
também possui um grande tesouro que emergiu do mar. Após dez anos de trabalhos
lentos, reabriu o “Museu da Magna Grécia
de Reggio Calábria”, um museu com uma colecção riquíssima de achados
arqueológicos do paleolítico até à era da Magna Grécia e onde se pode admirar o
tal tesouro que emergiu do mar: os famosos Bronzes
de Riace.
Em 16 de Agosto de
1972, a trezentos metros da costa de Riace, província de Reggio Calábria, um
químico romano, Stefano Mariottini, mergulhou até oito metros de profundidade.
Primeiro viu um braço e ficou assustado, pensando que se tratava de um cadáver.
Tornou a imergir-se. Encontrou duas estátuas em bronze de origem grega, sem que
houvesse, em redor, quaisquer outros objectos arqueológicos.
A recuperação deste
achado arqueológico extraordinário efectuou-se alguns dias depois. Há críticas
sobre a superficialidade e os meios inadequados para uma recuperação tão
importante e delicada.
As estátuas foram
enviadas para Florença para o primeiro restauro, realizado entre 1975 e 1980,
mas seguiram-se outros.
Foram denominadas “estátua A” e “estátua B”. Em Reggio, rebaptizaram-nas o “jovem” e o “adulto”. São altas, respectivamente, 1,98m e 1,97m.
As investigações, as
conjecturas e mil perguntas sobre estas duas criações de grandes escultores ainda
não obtiveram respostas definitivas. Sabe-se, ou pelo menos crêem-no certo, que
foram produzidas em Argos e Atenas, mas ainda não se descobriu o nome do ou dos autores destas obras, estátuas originais de meados do século V a.C..
Também se desconhece
se viajavam da Grécia para Roma ou vice-versa; se houve naufrágio ou foram
simplesmente lançadas ao mar por qualquer motivo. Muitos mistérios, o que dá
mais encanto às duas maravilhas.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home