A RAZÃO DO IMPULSO DE ESCREVER NUM BLOGUE
A razão ou as razões: penso que existam várias. Não quero referir-me a este blogue, mas aos blogues, tout court.
Já escrevi um post sobre este assunto, mas hoje quero observá-lo por outro prisma.
Escreve-se para marcar presença e desenvolver, consequentemente, opiniões, comentários, dissertações, críticas, informações; apresentar fotos ou quaisquer outras criações artísticas. É a razão óbvia.
Como se quer marcar presença, pretende-se que haja leitores. Há quem sustente mesmo que não se concebem blogues sem a outra parte – o receptor.
Discordo ligeiramente com esta última concepção. Nem sempre a existência de leitores motiva a escritura sobre os mais diversos temas.
As causas são várias: porque se gosta de escrever e sem a finalidade de comunicar o que se escreve; porque surge o desejo de exprimir uma opinião ou comentário sobre factos da actualidade, mas sem a pretensão de procurar interlocutor - o blogue, por si mesmo, é já um excelente interlocutor; porque, “blogando”, (passe o neologismo) é um modo de conversar com nós mesmos.
Se casualmente alguém lê o blogue, é normal que o ego se mostre lisonjeado. Isso está dentro dos moldes do sentir humano. Seria petulante asserir o contrário. Porém, querer dar-lhe publicidade, fora daquele restrito círculo de amigos ou familiares - nos casos descritos no parágrafo precedente - iria chocar com a relutância de dar ouvidos ao exibicionismo. Aliás, nem há razões para isso, dada a banalidade do blogue.
Choca, sim, a indiferença dos familiares – e cá temos, neste caso, o ego a sentir-se maltratado: nem sequer sentem curiosidade por aquilo que se escreve!...
Bem, talvez aqui haja outros sentimentos a pôr em consideração e que não me interessa dissecar.
Alda Maia
A razão ou as razões: penso que existam várias. Não quero referir-me a este blogue, mas aos blogues, tout court.
Já escrevi um post sobre este assunto, mas hoje quero observá-lo por outro prisma.
Escreve-se para marcar presença e desenvolver, consequentemente, opiniões, comentários, dissertações, críticas, informações; apresentar fotos ou quaisquer outras criações artísticas. É a razão óbvia.
Como se quer marcar presença, pretende-se que haja leitores. Há quem sustente mesmo que não se concebem blogues sem a outra parte – o receptor.
Discordo ligeiramente com esta última concepção. Nem sempre a existência de leitores motiva a escritura sobre os mais diversos temas.
As causas são várias: porque se gosta de escrever e sem a finalidade de comunicar o que se escreve; porque surge o desejo de exprimir uma opinião ou comentário sobre factos da actualidade, mas sem a pretensão de procurar interlocutor - o blogue, por si mesmo, é já um excelente interlocutor; porque, “blogando”, (passe o neologismo) é um modo de conversar com nós mesmos.
Se casualmente alguém lê o blogue, é normal que o ego se mostre lisonjeado. Isso está dentro dos moldes do sentir humano. Seria petulante asserir o contrário. Porém, querer dar-lhe publicidade, fora daquele restrito círculo de amigos ou familiares - nos casos descritos no parágrafo precedente - iria chocar com a relutância de dar ouvidos ao exibicionismo. Aliás, nem há razões para isso, dada a banalidade do blogue.
Choca, sim, a indiferença dos familiares – e cá temos, neste caso, o ego a sentir-se maltratado: nem sequer sentem curiosidade por aquilo que se escreve!...
Bem, talvez aqui haja outros sentimentos a pôr em consideração e que não me interessa dissecar.
Alda Maia
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