“AVEIRO, A VENEZA DE PORTUGAL”
A jornalista Lívia
Fabietti escreveu, no jornal La Stampa, um artigo sobre a “risonha cidade
portuguesa”, isto é, Aveiro. Uma descrição linda e atractiva.
E quando leio, na
imprensa estrangeira, algo que enaltece o que quer que seja de Portugal, impõe-se-me
a transcrição neste espaço. E sendo assim, vejamos
as opiniões da Sra. Fabietti:
«A vida é uma grande
tela, e deverias derramar sobre ela todas as cores que podes» - disse Danny
Kaye. As cores, todavia, não são apenas as que se encontram nas telas dos
pintores. Estão em todo o lado e têm um grande poder: raptam os olhos e a
mente. Sabem-no bem os viajadores, e não somente porque mitigam a sede de
ocasiões para a máquina fotográfica. Encantam, oferecendo simplesmente
agradáveis sensações.
Em Aveiro, pitoresca
cidade situada na parte centro-setentrional de Portugal, os motivos são tantos (e
coloridos) que permitem enamorar-se desta realidade ainda estranha ao turismo
de massa."
Aveiro, a Veneza de
Portugal. A impressionar, em primeiro
lugar, é a sua espessa rede de canais que lhe permitiu ganhar o apelativo de Veneza de Portugal. Assim como a bela
lagunar tem as suas gôndolas, Aveiro tem os «moliceiros», variegadas
embarcações de madeira reavivadas (tanto a popa como a proa) da presença de
alegres desenhos e ditos populares. Se, no passado, eram usadas para a recolha
de uma planta aquática conhecida como «moliço», hoje estes barcos são um meio
de transporte apreciado pelo turismo fluvial.
"Um passeio a bordo é
necessário. Permite viajar no tempo e admirar a cidade através de outra
perspectiva. A fim de alargar os horizontes, é possível tomar parte num dos
tantos percursos que permitem descobrir, amplamente, a Ria de Aveiro.
«É um corpo vivo que une a Terra ao mar como um imenso coração» -
assim a definiu o escritor português José Saramago. É uma dimensão mágica que
encanta, sobretudo os amantes do birdwatching,
visto que é o habitat natural de inúmeras aves. Podemos admirar flamingos,
garças e exemplares de espécie protegida como, por exemplo, a garça vermelha."
Dizer Portugal
significa falar também dos seus azulejos, os típicos ladrilhos em cerâmica
gradas á arquitectura português que vestem (principalmente) de branco, amarelo
e de azul muitos dos seus edifícios citadinos como os da estação, onde admirar
a maior colecção ao ar livre de azulejos de Aveiro.
Na Costa Nova do
Prado as casas estão em fila: os «palheiros». Segundo parece, os moliceiros não
são a única característica de cor que atrai os turistas. Ao longo da costa,
quando chegamos a Costa Nova do Prado, descobre-se uma localidade balnear
pitoresca, famosa pelos seus «palheiros»: impossível não notá-los e, sobretudo,
não ficarmos encantados.
As casinhas,
alinhadas umas junto às outras, foram construídas no séc. XIX e foram utilizadas
pelos pescadores como depósito para guardar as redes e outros apetrechos de
trabalho. Difícil acreditar, mas, a dizer pouco, as que hoje têm um aspecto de
fábula, inicialmente eram muito modestas. Quando o turismo iniciou a tomar
forma despiram-se do seu aspecto espartano de palha e canas para se
transformarem em habitações de grande impacto visual. A destacar-se,
efectivamente, são as linhas verticais das fachadas coloridas, ora de um
vermelho vivaz ou de um aceso amarelo ou, ainda, em azul e verde. Pura poesia”. - Livia Fabietti - La Stampa, 03 / 11 / 2017
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