VAI-TE EMBORA 2014. NÃO ME DEIXAS
SAUDADES. SEJA BEM-VINDO O 2015
O repouso do panda (La Stampa)
Esta será a minha
última “conversa” de 2014, ano que não me ofereceu qualquer motivo para o
recordar com serenidade.
Gosto pouco de falar
de assuntos pessoais, porém, seja o ano 2013, seja 2014 foram períodos de
grande tristeza e mágoas, sitas em recordações difíceis de apagar: para mim e
para a minha família. Portanto, vai-te embora, maldito ano.
Entretanto, talvez
seja caso para considerar que, fecharmo-nos nos nossos problemas existenciais e
olharmos com distanciamento tantas tragédias que se avolumaram e impuseram durante
o ano que agora finda, também não é aconselhável, quer esses dramas se
desenrolem perto ou longe. Servem, pelo menos, para atenuar e temperar a nossa
natural propensão para nos sentirmos isolados nas próprias amarguras.
Partindo das causas
máximas, estou a pensar, por exemplo, no que sucede no Médio e Extremo Oriente.
Estou a pensar nos indizíveis sofrimentos provocados pelas tremendas crueldades
que percorrem toda a gama do que a bestialidade humana é capaz. Estou a pensar nas
vítimas da nova praga do horror que é o
jihadismo.
Principalmente no ano
que está a extinguir-se, quantas ferezas foram perpetradas em nome de uma religião
que não merece manipulações e exige respeito?
Impressionante o
rapto de raparigas e crianças para serem violadas e vendidas como no pior
período do esclavagismo; impressionante, repugnante a decapitação de inocentes transformada
em espectáculo; impressionante a perseguição, morte e as mais horrendas
violências sobre minorias de diferentes credos; impressionante assassinar
crianças numa escola e forçá-las a assistir ao suplício dos professores regados
com gasolina e incendiados.
Classificar aqueles facínoras
como seres humanos é uma ofensa à classe humana que todos sabemos ser um
binómio: corpo e alma. Ora, aqueles seres não têm alma. E quando esta se esvai,
surge a besta apta a todas essas e outras monstruosidades.
Será o ano 2015 capaz
de abrir as mentes de todas aquelas populações muçulmanas, a grande maioria,
que decidem não mais aceitar o vilipêndio da própria religião que está a servir
de pretexto para tantas aberrações? Por que não se unem e não se opõem com
decisão, pois cabe-lhes todo esse direito? Espero que assim suceda.
Espero também que os
povos ocidentais lhes forneçam todo o apoio moral e técnico que for necessário.
Á semelhança do sono
deste panda - na imagem acima reproduzida - que dorme sossegadinho naqueles
ramos sem temor de estatelar-se, a mesma serenidade e tranquilidade surjam, sobretudo,
para quem, actualmente, vive acossado por aquelas bestas humanas sem alma.
Bom Ano 2015.
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