CAMPANHA PARA O PRÉMIO NOBEL DA PAZ: INGRID BETANCOURT
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"Dêmos o Nobel a Ingrid Betancourt"
Já passaram seis anos e cem dias.
De há cem dias, o jornal L’Unità propõe aos leitores a imagem da dor de Ingrid Betancourt, a fim de recordar o drama de uma mulher sepultada na floresta. É impossível ocultá-la sob outras notícias.
Seis anos e cem dias, e nada aconteceu!
Nós, do jornal L’Unitá, pedimos um gesto resoluto à comunidade internacional: o prémio Nobel da Paz pode reunir, à volta de Ingrid, intelectuais e políticos de todas as cores e todos os homens de boa vontade.
È uma solidariedade devida a uma mulher que afoga no labirinto das diplomacias. Sofre por ter acreditado na razão, enquanto os protagonistas da violência usam o seu sofrimento como mercadoria de negociação. (…) - Maurizio Chierici - 16 / 06 / 2008
*****
Estes são os dois primeiros parágrafos de um longo e belíssimo artigo que propõe o Prémio Nobel da Paz para Ingrid Betancourt. Não somente o propõe, como o jornal, onde foi publicado, lançou uma séria campanha, a fim de recolher o maior número de adesões.
Felizmente, já se contam aos milhares, de vários países, entre as quais dois prémios Nobel: Dario Fo (Literatura) e Rita Levi Montalcini (Medicina).
Sequestrada em 23 / 02 / 2002 pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – FARC – a vida desta Senhora, e de tantos outros reféns, continua à mercê de tácticas políticas, exibições de força, altissonantes promessas de intervenções de altos dirigentes políticos, sinceras manifestações de solidariedade. Todavia, e como bem diz Maurizio Chierici, nada aconteceu, nada acontece.
Tenho fortes dúvidas que o presidente colombiano, Álvaro Uribe, esteja seriamente intencionado a envidar todos os esforços para o resgate de Ingrid, além de outros políticos e soldados prisioneiros das Farc.
Todas as vezes que se está próximo da libertação, o governo colombiano encontra sempre obstáculos que, à última hora, transformam tudo em fumo. Má-fé dos revolucionários narcotraficantes ou do presidente da Colômbia?
Não é necessário dizer quem é Ingrid Betancourt nem descrever o drama absurdo do seu cativeiro. As notícias abundam. As soluções, insisto, dependem apenas da seriedade de quem tem o jogo na mão. Esse jogo não tem sido límpido.
Assim, a ideia de atribuir-lhe o Nobel da Paz, à semelhança de outras situações idênticas de coragem e dignidade – Aung San Suu Kyi, na Birmânia, e Rigoberta Menchu, Guatemala – merece um grande aplauso e toda a nossa solidariedade.
Entre as regras que conduzem à concessão do Nobel, a proposta deve ter o apoio de, pelo menos, cinco laureados com este prestigioso prémio.
Espero que a proposta do jornal L’Unità ecoe em todos os continentes, capte a atenção de grandes figuras da actualidade, ponha em movimento, não cinco, mas todos os viventes que receberam o Nobel e que o Comité Nobel de Oslo não tenha a mínima hesitação em atribuir o Nobel da Paz a Ingrid Betancourt.
Tenho pena que este blogue não passe de mais um, entre os milhares que existem. Todavia, dentro da inexistência de popularidade, atrevo-me a solicitar, aos poucos que me lêem, a adesão e publicidade ao apelo para esta louvável iniciativa.
Eis o endereço: nobelperingrid@unita.it
Visitando o site de L’unità - www.unita.it – encontra-se, quase no fundo da página, o apelo pró Nobel da Paz para Ingrid.
Alda M. Maia
Já passaram seis anos e cem dias.
De há cem dias, o jornal L’Unità propõe aos leitores a imagem da dor de Ingrid Betancourt, a fim de recordar o drama de uma mulher sepultada na floresta. É impossível ocultá-la sob outras notícias.
Seis anos e cem dias, e nada aconteceu!
Nós, do jornal L’Unitá, pedimos um gesto resoluto à comunidade internacional: o prémio Nobel da Paz pode reunir, à volta de Ingrid, intelectuais e políticos de todas as cores e todos os homens de boa vontade.
È uma solidariedade devida a uma mulher que afoga no labirinto das diplomacias. Sofre por ter acreditado na razão, enquanto os protagonistas da violência usam o seu sofrimento como mercadoria de negociação. (…) - Maurizio Chierici - 16 / 06 / 2008
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Estes são os dois primeiros parágrafos de um longo e belíssimo artigo que propõe o Prémio Nobel da Paz para Ingrid Betancourt. Não somente o propõe, como o jornal, onde foi publicado, lançou uma séria campanha, a fim de recolher o maior número de adesões.
Felizmente, já se contam aos milhares, de vários países, entre as quais dois prémios Nobel: Dario Fo (Literatura) e Rita Levi Montalcini (Medicina).
Sequestrada em 23 / 02 / 2002 pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – FARC – a vida desta Senhora, e de tantos outros reféns, continua à mercê de tácticas políticas, exibições de força, altissonantes promessas de intervenções de altos dirigentes políticos, sinceras manifestações de solidariedade. Todavia, e como bem diz Maurizio Chierici, nada aconteceu, nada acontece.
Tenho fortes dúvidas que o presidente colombiano, Álvaro Uribe, esteja seriamente intencionado a envidar todos os esforços para o resgate de Ingrid, além de outros políticos e soldados prisioneiros das Farc.
Todas as vezes que se está próximo da libertação, o governo colombiano encontra sempre obstáculos que, à última hora, transformam tudo em fumo. Má-fé dos revolucionários narcotraficantes ou do presidente da Colômbia?
Não é necessário dizer quem é Ingrid Betancourt nem descrever o drama absurdo do seu cativeiro. As notícias abundam. As soluções, insisto, dependem apenas da seriedade de quem tem o jogo na mão. Esse jogo não tem sido límpido.
Assim, a ideia de atribuir-lhe o Nobel da Paz, à semelhança de outras situações idênticas de coragem e dignidade – Aung San Suu Kyi, na Birmânia, e Rigoberta Menchu, Guatemala – merece um grande aplauso e toda a nossa solidariedade.
Entre as regras que conduzem à concessão do Nobel, a proposta deve ter o apoio de, pelo menos, cinco laureados com este prestigioso prémio.
Espero que a proposta do jornal L’Unità ecoe em todos os continentes, capte a atenção de grandes figuras da actualidade, ponha em movimento, não cinco, mas todos os viventes que receberam o Nobel e que o Comité Nobel de Oslo não tenha a mínima hesitação em atribuir o Nobel da Paz a Ingrid Betancourt.
Tenho pena que este blogue não passe de mais um, entre os milhares que existem. Todavia, dentro da inexistência de popularidade, atrevo-me a solicitar, aos poucos que me lêem, a adesão e publicidade ao apelo para esta louvável iniciativa.
Eis o endereço: nobelperingrid@unita.it
Visitando o site de L’unità - www.unita.it – encontra-se, quase no fundo da página, o apelo pró Nobel da Paz para Ingrid.
Alda M. Maia
2 Comments:
É um escândalo o que está a acontecer com esta corajosa mulher.
É claro, pelo menos para mim, que se trata de má vontade de ambas as partes. Aliás são jogos de força que me transcendem completamente porque as pessoas são comummente tratadas como moeda de troca sem qualquer respeito ou pudor.
Concordo com a sugestão e até já passei pelo l'Unitá para dar uma leitura ao artigo e assinar a petição. É pena eu não ser Nobel de coisa nenhuma...
Um beijo e boa semana.
Como é óbvio, sou-lhe sempre grata pela sua visita e comentários. Desta vez, o prazer é duplo e aprecio, sinceramente, o seu interesse.
A iniciativa do jornal L’Unità entusiasmou-me; achei-a esplêndida. O drama daquela Senhora sempre me comoveu.
Li há poucos minutos a entrevista a um sacerdote que dirige uma fundação humanitária, o qual preconiza a intervenção da Igreja, neste caso, apoiando, plenamente, a atribuição do Nobel da Paz a Ingrid Betancourt.
Duvido que intervenha! Por aqueles lados, a acção é mais fruto de intrigas de palácio que impulsos, - sem se e sem mas – de pura humanidade.
Se não se importar de passar palavra, fará coisa boa. Oxalá que de Portugal cheguem muitas adesões.
Não acha estranho que os nossos jornais não digam nada de tal iniciativa? Não acha que mereceria um certo relevo?
Um grande abraço de muita estima
Alda
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