COPYRIGHT NO VATICANO
Há já alguns meses, o cardeal Ângelo Sodano, Secretário de Estado, emanou regras a fim que todas as encíclicas, discursos ou exortações apostólicas escritas por Bento XVI fiquem cobertas por direitos de autor
A "Livraria Editora Vaticana" possui todos os direitos sobre qualquer palavra escrita de Bento XVI. Assim, exclusivamente sob certas condições – nada ligeiras: em preço e modalidade – é permitida a publicação a qualquer outro editor.
O copyright tem valor retroactivo.
Segundo a Santa Sé: “ficam submetidas a copyright todos os escritos, os discursos e as alocuções do Papa. Seja daquele felizmente reinante, seja dos seus predecessores até 50 anos atrás.”
Segundo li, a uma editora, Baldini & Castoldi, que tinha usado trinta linhas de duas homilias de Ratzinger, ainda cardeal, numa antologia (guia ao pontificado), chegou-lhe uma injunção de pagamento: 15 mil euros de sinal sobre os direitos de autor mais 15% líquido sobre cada exemplar. Que apetite!
Tinha lido, na semana passada e no jornal La Stampa, uma entrevista a Vittorio Messori - autor muito ligado ao Vaticano - precisamente sobre esta matéria.
Nessa entrevista, mostrou todas as suas perplexidades, acabando por afirmar: “Estou muito surpreendido; como operação de imagem, é desastrosa”. Perfeitamente de acordo.
Em conclusão, editoras, jornais ou qualquer publicista devem estar muito atentos nas citações de escritos dos Papas de há cinquenta anos a esta parte.
Que a nível de livros se estabelecessem normas equilibradas, visto que no Vaticano existia um certo caos – segundo esclarece Vittorio Messori – é justíssimo. O que é difícil compreender é a cobrança de uma taxa, sobre as mensagens de apostolado, escritas por um papa! Quanto por cada palavra?
Alda M. Maia
Há já alguns meses, o cardeal Ângelo Sodano, Secretário de Estado, emanou regras a fim que todas as encíclicas, discursos ou exortações apostólicas escritas por Bento XVI fiquem cobertas por direitos de autor
A "Livraria Editora Vaticana" possui todos os direitos sobre qualquer palavra escrita de Bento XVI. Assim, exclusivamente sob certas condições – nada ligeiras: em preço e modalidade – é permitida a publicação a qualquer outro editor.
O copyright tem valor retroactivo.
Segundo a Santa Sé: “ficam submetidas a copyright todos os escritos, os discursos e as alocuções do Papa. Seja daquele felizmente reinante, seja dos seus predecessores até 50 anos atrás.”
Segundo li, a uma editora, Baldini & Castoldi, que tinha usado trinta linhas de duas homilias de Ratzinger, ainda cardeal, numa antologia (guia ao pontificado), chegou-lhe uma injunção de pagamento: 15 mil euros de sinal sobre os direitos de autor mais 15% líquido sobre cada exemplar. Que apetite!
Tinha lido, na semana passada e no jornal La Stampa, uma entrevista a Vittorio Messori - autor muito ligado ao Vaticano - precisamente sobre esta matéria.
Nessa entrevista, mostrou todas as suas perplexidades, acabando por afirmar: “Estou muito surpreendido; como operação de imagem, é desastrosa”. Perfeitamente de acordo.
Em conclusão, editoras, jornais ou qualquer publicista devem estar muito atentos nas citações de escritos dos Papas de há cinquenta anos a esta parte.
Que a nível de livros se estabelecessem normas equilibradas, visto que no Vaticano existia um certo caos – segundo esclarece Vittorio Messori – é justíssimo. O que é difícil compreender é a cobrança de uma taxa, sobre as mensagens de apostolado, escritas por um papa! Quanto por cada palavra?
Alda M. Maia
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