CRISTÃOS PERSEGUIDOS
E MASSACRADOS
“COM A CUMPLICIDADE DO NOSSO SILÊNCIO”
”A
sede do teu Pai misericordioso, que em Ti quis abraçar, perdoar e salvar toda a
humanidade, faz-nos pensar na sede dos nossos irmãos perseguidos, decapitados e
crucifixos pela fé em Ti, debaixo dos nossos olhos e, frequentemente, com o
nosso silêncio cúmplice”. Esta
foi uma das asserções do Papa Francisco que mais me impressionou, referindo-se
ao massacre na Universidade de Garissa, no Quénia.
Efectivamente, depois
de, pela enésima vez, termos de assistir impotentes a uma ferocidade sem
limites de islamistas contra cristãos ou quaisquer outros fiéis de credos
diferentes, a passividade – ou indiferença? – da citada comunidade
internacional começa a indignar. Não só indigna como nos projecta num grande
desconforto.
Nestes últimos três
dias, o Santo Padre tem martelado este tema e invocado a sensibilização da
opinião pública: “Desejo à Comunidade
Internacional que não assista muda e inerte a tal crime inaceitável. Os cristãos
são os mártires de hoje; podemos dizer que são mais numerosos que nos primeiros
séculos”.
Segundo World Watch
Monitor, 2014 foi um ano trágico. Houve, pelo menos, 4334 assassínios de cristãos
e foram destruídos mais de mil templos cristãos.
Na lista dos cinco primeiros
países inimigos da cristandade situa-se a Coreia do Norte (zona longínqua de
islamismos e quejandos). Seguem a Nigéria, Síria, República Centro Africana e
Quénia.
No que concerne
perseguições físicas e marginalização política e cultural, os cristãos,
actualmente, representam 70% dos casos de discriminação religiosa.
E se em muitas partes
do mundo vivem essa discriminação, a percentagem maior verifica-se no mundo
muçulmano.
Por esta razão, e por
tantas outras igualmente válidas, as palavras do Papa devem ser ouvidas e
consideradas como um convite muito sério para que esta inactividade contra o
terrorismo islâmico cesse e se dê avio a uma acção conjunta de todos os países
responsáveis e desejosos de pôr um fim ao que precipita a humanidade num caos
sem retorno.
É mais que tempo que
os países muçulmanos abandonem a sua ambiguidade e sejam eles os primeiros a
proclamar a tolerância zero contra correligionários terroristas que nada têm que
ver com a beleza da própria religião
Uma última pergunta. Este
terrorismo islamista tem como razão principal a conquista de um poder
fundamentalista ou, acima de tudo, trata-se puramente de uma guerra de
religião?
Seja como for,
guerras de religiões, jamais aceitá-las ou combatê-las nessa perspectiva.
Combata-se, sim, o que fere e ultraja os fundamentais direitos humanos, qualquer
que seja o credo religioso que se pratique. E este é já um motivo fortíssimo
para que o mundo desperte da sua apatia e dê luta sem trégua a extremismos,
quer se chamem jihadistas ou se sirvam de qualquer outro pretexto que
justifique a sua monstruosidade de seres repelentes.
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