CRISE FINANCEIRA OU CRISE DE IDEIAS?
CRISE DE ÉTICA, ACIMA DE TUDO.
Ou crise de bons líderes políticos? Também este seria um bom ponto a considerar na babel de opiniões e análises sobre o caos financeiro.
Comecemos pela conferência dos quatro mosqueteiros que guiam França, Itália, Alemanha e Inglaterra: resolveram encontrar-se, esquecendo os restantes países que formam a “desunião europeia”.
E pensava eu que, ao menos nas questões económicas, os espadachins poderiam gritar “um por todos e todos por um”, isto é, encontremos maneira de neutralizar a desorientação e perda de confiança que estão a destruir os mercados financeiros e cujas consequências serão tremendas para a economia real.
Coordenemos as nossas intervenções e sejamos inteligentes no modo de as pôr em prática, de acordo com as necessidades de cada país.
Foi isso o que fizeram? Que resultou de tal encontro? Nada! Oxalá sejam mais brilhantes nas decisões de hoje.
Sobretudo, que inspirem credibilidade.
No que concerne os copiosíssimos editoriais, análises, comentários, críticas que os meios de comunicação publicaram e publicam, há um particular, de não pequena importância, que me deixou boquiaberta: a desenvoltura do volte face de vários opinionistas sobre questões financeiras e económicas.
Precedentemente, quantas vezes emitiram opiniões, análises, cuja tese era literalmente oposta ao que hoje defendem!!
Falta de seriedade ou cálculos errados sobre a memória de quem os ouve ou lê?
O liberismo era o non plus ultra do desenvolvimento, da criação de riqueza. O mercado deveria ser libérrimo e o Estado que não criasse obstáculos ao que se revelou, agora, um autêntico far west, no mundo da finança.
“O Estado não é a solução, mas o problema”, enunciou o presidente Reagan: para quê empecilhos de regras sob uma observação atenta desse Estado fastidioso?
Estou a lembrar-me de certos filhos que, peremptoriamente, declaram não admitir interferências ou conselhos assisados dos pais.
Surgem as dificuldades, esbarram contra problemas angustiantes, ei-los a refugiar-se sob a protecção paterna.
Assim, o Estado, nestes momentos de pânico, tornou-se na mãe protectora, como um jornalista o apelidou.
Será mãe protectora, mas com o sacrifício dos filhos pobres e da classe média.
Não faltaram estatísticas a denunciar uma exígua percentagem de ricos que ficavam cada vez mais ricos contra a grande massa que empobrecia.
Não faltaram economistas competentes que prenunciaram a gravíssima crise de hoje, mas a política ficou muda.
Não faltaram pessoas de bom senso que invocavam o predomínio da ética, mas a política ou a mediocridade dos políticos hodiernos sofriam de grande surdez a esse propósito. Curá-la-ão?
Tenhamos esperança que esta crise sirva para despertar o sentido de Estado e imponha a determinação, bem reforçada, de colocar a ÉTICA no trono que lhe pertence e do qual nunca deveria ter descido.
****
Insistem na opinião que a América perdeu importância e credibilidade. Outros países emergentes a suplantarão, nunca mais será a mesma, etc., etc.
Tretas! O orgulho e potencialidades daquele grande país - onde há muitas Américas - saberão tirá-lo do pântano em que se atolou. Levará tempo, mas ressurgirá.
CRISE DE ÉTICA, ACIMA DE TUDO.
Ou crise de bons líderes políticos? Também este seria um bom ponto a considerar na babel de opiniões e análises sobre o caos financeiro.
Comecemos pela conferência dos quatro mosqueteiros que guiam França, Itália, Alemanha e Inglaterra: resolveram encontrar-se, esquecendo os restantes países que formam a “desunião europeia”.
E pensava eu que, ao menos nas questões económicas, os espadachins poderiam gritar “um por todos e todos por um”, isto é, encontremos maneira de neutralizar a desorientação e perda de confiança que estão a destruir os mercados financeiros e cujas consequências serão tremendas para a economia real.
Coordenemos as nossas intervenções e sejamos inteligentes no modo de as pôr em prática, de acordo com as necessidades de cada país.
Foi isso o que fizeram? Que resultou de tal encontro? Nada! Oxalá sejam mais brilhantes nas decisões de hoje.
Sobretudo, que inspirem credibilidade.
No que concerne os copiosíssimos editoriais, análises, comentários, críticas que os meios de comunicação publicaram e publicam, há um particular, de não pequena importância, que me deixou boquiaberta: a desenvoltura do volte face de vários opinionistas sobre questões financeiras e económicas.
Precedentemente, quantas vezes emitiram opiniões, análises, cuja tese era literalmente oposta ao que hoje defendem!!
Falta de seriedade ou cálculos errados sobre a memória de quem os ouve ou lê?
O liberismo era o non plus ultra do desenvolvimento, da criação de riqueza. O mercado deveria ser libérrimo e o Estado que não criasse obstáculos ao que se revelou, agora, um autêntico far west, no mundo da finança.
“O Estado não é a solução, mas o problema”, enunciou o presidente Reagan: para quê empecilhos de regras sob uma observação atenta desse Estado fastidioso?
Estou a lembrar-me de certos filhos que, peremptoriamente, declaram não admitir interferências ou conselhos assisados dos pais.
Surgem as dificuldades, esbarram contra problemas angustiantes, ei-los a refugiar-se sob a protecção paterna.
Assim, o Estado, nestes momentos de pânico, tornou-se na mãe protectora, como um jornalista o apelidou.
Será mãe protectora, mas com o sacrifício dos filhos pobres e da classe média.
Não faltaram estatísticas a denunciar uma exígua percentagem de ricos que ficavam cada vez mais ricos contra a grande massa que empobrecia.
Não faltaram economistas competentes que prenunciaram a gravíssima crise de hoje, mas a política ficou muda.
Não faltaram pessoas de bom senso que invocavam o predomínio da ética, mas a política ou a mediocridade dos políticos hodiernos sofriam de grande surdez a esse propósito. Curá-la-ão?
Tenhamos esperança que esta crise sirva para despertar o sentido de Estado e imponha a determinação, bem reforçada, de colocar a ÉTICA no trono que lhe pertence e do qual nunca deveria ter descido.
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Insistem na opinião que a América perdeu importância e credibilidade. Outros países emergentes a suplantarão, nunca mais será a mesma, etc., etc.
Tretas! O orgulho e potencialidades daquele grande país - onde há muitas Américas - saberão tirá-lo do pântano em que se atolou. Levará tempo, mas ressurgirá.
Entretanto, que não me elejam aquelas duas desgraças: McCain e a pistoleira Sarah Palin, sendo a segunda mais intragável que o primeiro!
Alda M. Maia
Alda M. Maia
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