O JOÃOZINHO DAS PERDIZES MADEIRENSE
Quando tomei conhecimento da existência de Alberto João Jardim, descreveram-mo como uma pessoa interessante, muito popular, enfim, um personagem célebre da política madeirense.
Porém, de cada vez que via na TV as suas performances de perfeito histrião; de cada vez que notava as suas intervenções políticas, o que se me apresentou foi um político grosseiro, arrogante, mal-educado e merecedor de um zero, sem apelo, no seu comportamento como homem de estado.
E as minhas perplexidades cresciam.
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Eu nunca soube compreender a benevolência e reverências sempre concedidas ao Presidente da Região Autónoma da Madeira; o interesse persistente em transmitir as opiniões dele sobre tudo e todos: o Alberto J. Jardim disse, comentou, falou ... como se daquela boca saíssem pérolas de sabedoria; a indiferença pelos seus insultos às instituições e sem que da parte da Magistratura ninguém interviesse.
Também nunca soube entender o desinteresse pela maneira desenvolta como são administrados os substanciais fundos destinados àquela região, vistas as denúncias, na imprensa, relativas a esta finança alegre.
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Agradou-me muitíssimo o artigo de Miguel Sousa Tavares no Público de ontem.
Só não estou de acordo num ponto: que lhe é indiferente a independência da Madeira, caso Alberto Jardim continue com a eterna chantagem, ninguém lhe dê a mínima importância e o homem proclame essa independência com um referendo. Não faltaria quem corresse a oferecer protecção à Freguesia de Pinchões em que se tornou a Madeira. Disso ninguém duvide.
A Madeira faz parte do nosso País e penso que haverá, isto é, há modos para estabelecer o respeito pelas normas que regulam a vida nacional.
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Mas neste momento, o pensamento foi vagabundear pela obra de Júlio Dinis.
No episódio das eleições, o Joãozinho das Perdizes, perante o exemplo da figura comovedora do Tio Vicente, resgatou-se - «todo o Pinchões a votar pelo conselheiro» - e sem mercantilismos.
Em conclusão: o Joãozinho da Madeira nem sequer é digno do pitoresco personagem de «A Morgadinha dos Canaviais»
AMMaia
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