domingo, dezembro 28, 2008

E SE EM 2009...
.
Com a alteração da Constituição russa que eleva o mandato presidencial de quatro a seis anos, a devida ratificação efectuada por uma maioria qualificada de 75% com grande rapidez e unanimidade, daqui se infere a submissão das instituições ao grande manobrador do poder russo: Vladimir Putin.
Falta apenas a assinatura de Medvedv. Não será de estranhar, portanto, que este, em breve tempo, apresente a sua demissão, se proceda a novas eleições, invertam-se os cargos e eis o triunfo de Putin como César da grande Rússia.

Sendo assim, com a subida ao poder de Barack Obama - dentro de um outro estilo, obviamente – e um Putin talvez mais correcto no respeito das regras democráticas, ou até mesmo com a grande ambição de passar à história como um político dotado de grande sageza, poder-se-ia criar e ampliar um sonho. Vejamos.

E se em 2009, estes dois condottieri de dois grandes países decidissem caminhar, lado a lado, sem rivalidades de potência ou nacionalismos; sem apetites de zonas de influência; sem predilecção por jogos de política suja; sem tolerância ou simpatias veladas por regimes, onde a defesa dos direitos democráticos é hostilizada e a vida humana não tem o mínimo valor; sem alimentar a supremacia de distribuir armamentos a esmo, indiferentes à proveniência do dinheiro que os compra ou aos fins a que são destinados?
A estes dois líderes, nesta marcha da boa vontade, seria aconselhável, muito aconselhável, convidar e entusiasmar Hu Jintao.

Fantasias de uma passagem de ano!

****

Mas insistamos nessas fantasias.
E se em 2009, as diversas crenças religiosas iniciassem uma nova era – os grandes eventos devem sempre começar ou fermentar em qualquer data - e seguissem a voz dos sábios que tudo pesam com a balança do bom senso, harmonia e tolerância?
Eles bem apregoam que há muitos caminhos de chegar até Deus; que há muitos modos de interpretar a Sua existência.
Desgraçadamente, poucos querem aceitar esse grande princípio. Não convém às teologias que atravessaram séculos e às doutrinas que alimentam hierarquias, poderes.

Os crentes têm o direito de pensar que o caminho que lhes foi ensinado é o mais certo, o mais justo. Mas já não têm o direito de condenar caminhos diferentes ensinados a outrem.

Torna-se desolador verificar que todos os credos proclamam que as próprias almas são as mais puras.
Em nome dessa pureza, nascem os fundamentalismos e, nestes, a intolerância, por vezes reforçada com o ódio.
Assim, massacres, destruição, discriminações e perseguições são os efeitos a que nos querem habituar.

Mas não divaguemos sobre o impossível e apelemos ao novo ano que se aproxima.
Dois mil e nove: vê se metes juízo na cabeça desta humanidade insaciavelmente ávida, frequentemente estúpida, irritantemente presunçosa e intolerante, irresponsavelmente agressiva na sua infinita litigiosidade.

Em trezentos e sessenta e cinco dias podes fazer muito. Por exemplo, atenuar ou mesmo resolver os graves conflitos em curso. Começa por estas grandes mazelas do mundo. Se as conseguires lenir, só por este facto, ficarás na história como um ano extraordinário que jamais se poderá esquecer.
Alda M. Maia

domingo, dezembro 21, 2008

HÁ SEMPRE UM CONTO DE NATAL
.
A raposa atropelada (La Stampa)
.
Hoje não quero conversar, isto é, dar forma aos pensamentos, escrevendo sobre as perplexidades ou temas – são tantos! – que, normalmente, mais espevitam a minha atenção e curiosidade.
Os pensamentos vêm em catadupas: vagabundos ou com uma meta bem preciso. Burilá-los com a escrita – bem ou mal, cada um faz como pode e sabe – é sempre um prazer que direi muito suave e completo.

Se o que se escreve é lido por outrem, experimenta-se grande satisfação e simpatia por quem perdeu tempo nessas leituras.
Se não é lido, confesso que nunca me pus essa questão, pois há milhares de blogues: seria uma pretensão, não só pedante, como fora do bom senso.
Escrevo, porque me agrada escrever, ponto final.
Por vezes, e digo-o sinceramente, fico surpreendida (agradavelmente surpreendida, obviamente), quando alguém descobre e lê estes “pensamentos-vagabundos”!

Mas ponhamos termo às divagações e, de acordo com o clima natalício, narremos factos verdadeiros ou fábulas que outros inventaram.

Há muitas histórias de Natal: umas alegres e poéticas; outras melancólicas. Umas são verdadeiras; outras não, embora inspiradas neste clima de festa e concórdia.
Clima de festa, sem dúvida; de concórdia… deixemos o juízo em suspenso!

Esta é uma história verdadeira.
Há dias, numa pequena localidade do interessantíssimo “Parque Nacional de Abruzzo, Lazio e Molise” (Itália) uma raposa foi atropelada por uma automóvel.
Provavelmente, conseguiu escapulir-se da área protegida e resolveu andarilhar pelo povoado.

Como o embate a deixou ainda com vida, arrastou-se até junto do portão de uma vivenda próxima e, já sem forças, ficou ali prostrada, à espera da morte (na foto).

Quis o destino, porém… uma história que se preze deve sempre invocar o destino! Ora, quis o destino que duas meninas – uma das quais habitante da vivenda em questão – saindo de casa, depararam com a raposa moribunda.
Depois do espanto, perante aquela imagem tão inesperada, imediatamente prestaram os primeiros socorros ao pobre animal, salvando-lhe a vida

Para evitar que alguém a tratasse mal, avisaram os pais. Estes alertaram os dirigentes do Parque.
Dois funcionários acorreram e levaram a raposa, a fim de lhe prestar todos os tratamentos necessários.
Prometeram às duas meninas que, dentro de dois ou três dias, as levariam até à sede central do Parque e lhes fariam ver a raposa.
Até eu gostaria de fazer parte dessa visita!
A sensibilidade e o acto destas duas crianças, sem o medo normal que as poderia afastar de um animal selvagem, merecem um grande aplauso.

E agora uma fábula, curta e muito poética, de Roberto Aldo Mangiaterra, http://www.reset-italia.net/


******

NATAL DO TERCEIRO MILÉNIO

Há muitos, muitos anos, na noite de Natal do longínquo 2008, nos países e nas cidades, deu-se um grande prodígio.
Enquanto grandes e pequenos andavam atarefados, colocando as prendas à volta do Presépio, as televisões, magicamente, sem que ninguém lhes tocasse, acenderam-se.

Estupefactos, todos olharam os ecrãs iluminados - as crianças com os olhos esbugalhados e os narizinhos apontados para o alto - à espera do que iria acontecer.
Apareceu um lindo Menino, vestido de uma luz fantástica e envolvido por uma música suave.
A música calou-se. Aquele doce Menino sorriu e, nas línguas do mundo, exclamou: Feliz Natal a todos os Meninos Grandes e Pequenos da Terra!

Fábula ou realidade? Nunca se chegou a saber!
No entanto, conta-se que naquela noite de Natal, todo o ar vibrava com uma doce melodia: Tu Desces das Estrelas!...


****

“Tu Desces das Estrelas” – “Tu Scendi dalle Stelle” - é uma canção de Natal italiana, linda e muito conhecida – composta por Alfonso Maria de’ Liguori, santo e Doutor da Igreja (Nápoles, 1696; Salerno, 1787).
Tu scendi dalle stelle / O re del Cielo / e vieni in una grotta / al freddo e al gelo (…)
Auguri di Buon Natale; Felice Anno Nuovo.
Alda M. Maia

domingo, dezembro 14, 2008

MULTICULTURALIDADE

O termo globalização necessitou de um companheiro, o multiculturalismo, que com ele caminhasse de mãos dadas. Dir-se-iam gémeos: se não sob o ponto de vista semântico, pelo menos conotativo.
O mundo escancarou todas as portas, os mercados galoparam paralelamente a fortes correntes migratórias, as diversas culturas espalharam-se.

Há uma expressão de que muito se falou na semana passada, mas que se impõe a cada momento: "os direitos do homem", salvaguarda da sua dignidade.
Ora, é na pluralidade de culturas, dentro do mesmo país ou região, que vejo as maiores discrepâncias em relação a esses direitos.

As variadíssimas culturas são todas assimiláveis ou, melhor ainda, são todas aceitáveis? Por muito justas que sejam as versões que propõem uma total e harmoniosa interculturalidade, não creio seja assim tão fácil.

Não podemos negar que valores legais ou culturais de certos povos chocam com os valores, também fundamentais, da cultura do país que os acolhe, aqui na Europa, cultura esta que levou séculos a impor a dignidade e igualdade de todos os seres humanos
Quando em nome de uma convivência pacífica, tudo se legitima na cultura importada por estes novos cidadãos, há sempre uma parte que é sacrificada.

Concretizo a minha ideia. Sucedeu o episódio do casal francês muçulmano, de origem marroquina.
O marido recorreu ao tribunal, pedindo a anulação do casamento. Na noite de núpcias, descobriu que a mulher não era virgem, condição essencial, na lei islâmica, para a validade do casamento.
O tribunal de primeira instância, em Lille, deu-lhe razão e anulou-o.
Não aplicou a lei islâmica, a sharia, que não seria legítima. Foi buscar ao código civil uma norma: “um erro sobre as qualidades essenciais do cônjuge”, esquecendo que a virgindade, quer de um quer do outro, não é essencial nem conta absolutamente nada no código francês.

A este juiz pegar-lhe-ia por uma orelha e pô-lo-ia fora dos tribunais por imbecilidade e machismo primário.

O Tribunal da Relação de Douai repôs a dignidade da lei francesa: anulou a sentença e acentuou os valores de igualdade para todos os cidadãos.
Observemos que a sentença anulada quis interpretar o multiculturalismo à sua maneira, não reflectindo que oficializava a inferioridade da mulher.

Se um marido muçulmano quer repudiar a esposa, conforme os ditames do islamismo, o qual vê a mulher como ser inferior, que o faça privadamente, isto é, dentro dos regulamentos da própria religião.
O que me parece inadmissível é que pretenda reforçar essas normas, servindo-se do código civil de países europeus, não muçulmanos, que as não pode contemplar, pois todos os cidadãos são iguais perante a lei.
Mal de nós se o não fossem… quero dizer, supomos que a lei, na prática, é mesmo igual para todos!...

"O marido tem o direito ao repúdio (talak); a mulher não. Se esta deseja a dissolução do casamento, só o obterá com o consentimento do marido, o que normalmente não acontece. Tem uma alternativa, recorrendo a um tribunal islâmico oficial: este substitui-se ao marido, avalia as razões da mulher e pode consentir que se divorciem" - informações lidas no jornal La Repubblica
.
Não falemos da poligamia, muito presente nesta nossa Europa e que se finge não ver.

Conclusão: muitas mulheres muçulmanas tornaram-se cidadãs europeias e com plenos direitos, obviamente.
Se desejam emancipar-se e conduzir uma vida idêntica à das demais mulheres dos países onde vivem; se essa emancipação não lhes é consentida, porque fora dos cânones islâmicos e, portanto, há sempre um pai, um irmão, um marido que as controla, chegando a eliminá-las, quando estas mulheres “desonram” a família com as suas atitudes ocidentalizadas – muitos casos já se verificaram; se as leis do país que as deveria proteger vão atrás do respeito da cultura diversa (por amor de sossego!) e permitem que estas mulheres sejam humilhadas e os seus direitos espezinhados, em que palhaçada de democracia vivemos?

A palavra “desonra” – como consequência, o “delito de honra” com as suas atenuantes - aplicada às circunstâncias acima indicadas, recorda-me que não são muitas décadas que o “civilizado” mundo ocidental ultrapassou tais concepções, se é que em certas zonas foram mesmo ultrapassadas e não constituem ainda motivo para uma nova “Crónica de uma Morte Anunciada”!

Na Itália, só em 1981 foi ab-rogado o indecente art. 587 do código penal que consentia uma pena reduzida a três anos de prisão a “qualquer pessoa que provoca a morte do cônjuge, da filha ou da irmã, no acto em que descobre a ilegítima relação carnal e no estado de ira determinado pela ofensa à sua honra e da sua família”; a mesma pena, no caso de assassínio do protagonista da relação ilegítima.
Evidentemente que o "estado de ira" era pressuposto, não deveria ser demonstrado!...
Não podemos atirar pedras, portanto, às regras muçulmanas vigentes.

Francamente, eleger o órgão sexual das mulheres como relicário da honra de uma família é um modo bem picaresco de interpretar os altos valores que aquele termo envolve!

E para finalizar, em diversas etnias africanos e muçulmanos existe a prática da mutilação sexual das raparigas, ainda crianças.
Quanto sofrimento e quantas morreram pela brutalidade e falta de higiene de tal selvajaria!
Também esta é uma tradição, uma cultura. Devemos tolerá-la?
O que devemos, isso sim, é conduzir uma campanha, sem tréguas, para que seja taxativamente eliminada, cancelada nos países e nas mentes que concebem esta barbárie.
Alda M. Maia

domingo, dezembro 07, 2008

DIREITOS UNIVERSAIS?

A Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a “Declaração Universal dos Direitos Humanos” em 10 de Dezembro de 1948, precisamente há sessenta anos – completá-los-á quarta-feira próxima.
Dos 58 países que faziam parte das Nações Unidas, 48 votaram a favor; oito países abstiveram-se (África do Sul, Arábia Saudita, Bielorrússia, Checoslováquia, Jugoslávia, Polónia, Ucrânia e União Soviética); dois não participaram na votação (Honduras e Iémen).

Com o estalinismo imperante, a abstenção da União Soviética e satélites pode considerar-se uma vitória.
Mas parece que um voto contra, depois de a Declaração ter passado pelo crivo de vários órgãos, até chegar à Assembleia Geral, tornar-se-ia indecoroso.
Aplicá-la ou não, no espírito e totalidade dos seus trinta artigos, seria a decência dos dirigentes de cada país quem deveria decidir; na União Soviética – e mesmo na Rússia hodierna – esse género de decência é completamente desconhecido.

Relativamente à Arábia Saudita, muito previsível a abstenção.
Direitos humanos, sim, mas destinados ao género masculino. A “outra parte do céu” que somos nós, as mulheres, essa que se resignasse à função de reprodutora, à subalternidade de respeito ao marido, gestora das lides domésticas e que se deixasse de veleidades quanto a direitos.
Era assim considerada na generalidade dos países; continua a sê-lo na maioria dos países muçulmanos, se não na totalidade.

E qual o papel do nosso País na aprovação deste sublime documento? Nenhum. Portugal só foi admitido no seio da ONU em Dezembro de 1955. Não pôde aderir antes, devido ao veto da União Soviética, em 8 de Dezembro, 1948: uma ditadura que pronuncia um vade retro dirigido a outra! Observado à distância de tempo, o episódio é divertido.

Em apenas trinta artigos, não houve nenhum aspecto referente à dignidade de um ser humano que não fosse enumerado e esclarecido: trinta pedras angulares na Constituição de um qualquer país democrático.

Declaração Universal, direitos universais. Em seis décadas, todavia, esta universalidade não se verificou nem poderia verificar-se. As várias espécies de ditaduras que ainda hoje existem, além de regimes fundamentalistas ou militaristas, obviamente tudo fazem para espezinhá-los; muito menos concebem que as respectivas populações pretendam direitos.

Mas também não nos iludamos que os países democráticos sejam integralmente respeitadores da dignidade dos seus cidadãos. Em muitos deles, verificam-se falhas muito graves: parte desses agravos apresenta-se bem camuflada sob uma presumível necessidade da segurança interna.

****
DISCRIMINAÇÕES

Artigo 7.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos:
Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual protecção da lei. Todos têm direito a protecção igual contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.

Na “Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia”, há o artigo 21.º que “proíbe a discriminação em razão da orientação sexual”.

Numa Resolução do Parlamento Europeu sobre a homofobia, em 23 de Abril, 2007, lê-se:
(…) Tendo em conta as suas anteriores resoluções sobre a homofobia, a protecção das minorias e as políticas de luta contra a discriminação e, nomeadamente, as suas resoluções sobre a homofobia na Europa, bem como a escalada de actos de violência e de índole racista e homófoba (…)

A França apresentará na ONU, em nome dos 27 países da União Europeia, uma proposta de despenalização universal da homossexualidade.

O observador permanente do Vaticano nas Nações Unidas, Monsenhor Celestino Migliore, opor-se-á: assim o declarou, numa entrevista a uma agência de informações francesa. Vejamos:
(…) “O catecismo da Igreja Católica já de há muito diz que, em relação às pessoas homossexuais, se deve evitar qualquer marca de injusta discriminação acredito pouco na sinceridade desta asserção!
Aqui, a questão é outra. Com uma declaração de valor político, assinada por um grupo de países, pede-se aos Estados e aos mecanismos internacionais de actuação e controlo dos direitos humanos que acrescentem novas categorias protegidas da discriminação. Não consideram que essas novas categorias, se adoptadas, criarão novas e implacáveis discriminações. Por exemplo: os Estados que não reconhecem a união entre pessoas do mesmo sexo como “matrimónio” serão postos na berlinda e feitos objecto de pressões”.

Estes conceitos de Monsenhor Migliore - reforçados pelo porta-voz da Santa Sé, padre Frederico Lombardi - devem ser lidos duas ou três vezes, a fim de que nos reste a certeza que não compreendemos mal!

Só então, torna-se impossível evitar um desconcerto que não sei em qual onda de sentimentos o deva colocar. Indignação? Náusea? Ou hilaridade perante tantas contorções verbais para nos informar do que já há muito não é mistério? Monsenhor Migliore – mas “Pior”, na lógica estúpida do final do seu arrazoado – é mais uma voz a dar testemunho de que a intolerância e falta de humanidade predominam na Igreja Católica.

Visto que não admitem as uniões de pessoas do mesmo sexo e a palavra “casamento”, nestes casos, soa-lhes como a mais tenebrosa blasfémia, o fundamentalismo, no qual se fecharam, parece que lhes embotou o cérebro.

Não compreendem que se trata de uma justíssima proposta que pretende apenas acabar com discriminações e a perseguição à homossexualidade?

Para os homens do Vaticano pouco importa o que se passa em nove países, onde os homossexuais são passíveis da pena de morte. A prisão perpétua é-lhes aplicada em onze; noutros, e não são poucos, vigoram penas de alguns anos de prisão ou vergastadas - os países muçulmanos distinguem-se nestas especificidades.
Na Guiné Bissau, Angola e Moçambique, cominam-se trabalhos forçados. (informações lidas no jornal "La Repubblica").

A pergunta é óbvia: não sentem constrangimento, ou até vergonha, de se verem companheiros de tais países? Pensemos nas barbaridades do Irão, por exemplo!
Que pretende a Igreja Católica dos seus fiéis? Paciência ou rebelião contra tantas incongruências absurdas que o bom senso não aceita nem quer aceitar?
Alda M. Maia